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Preço do cesto básico reduz 2,4% no primeiro semestre

Atualizado em 03/09/2024 às 00:04:03


PESQUISA NA URCAMP APONTA: Batata inglesa (49%) e pão francês (21,50) lideram as variações mais altas

Com o objetivo de evidenciar seu caráter comunitário, a Urcamp propõe atividades que respondam às demandas reais da comunidade. Uma delas é a pesquisa na qual os acadêmicos de Administração e Ciências Contábeis, orientados a partir de um projeto integrador, fazem o levantamento do custo do cesto de produtos básicos de consumo popular na cidade de Bagé ao longo de um semestre.

O cesto básico é um conjunto de alimentos essenciais para a alimentação de uma família. Em todo país, o valor do cesto básico tem sido foco de análises constantes, especialmente para as famílias de baixa renda. “O aumento dos preços dos alimentos, a crise econômica e as condições climáticas têm afetado significativamente o poder de compra dessas famílias, tornando o acesso aos alimentos básicos uma preocupação cada vez mais emergente”, relata a coordenadora do curso de Administração da Urcamp, professora Rita Luciana Saraiva Jorge.

A pesquisa do Custo do Cesto de Produtos Básicos de Consumo Popular dos primeiros seis meses de 2024 mostra que durante os meses de março, abril, maio e junho houve pequena variação no custo total da Cesta Básica, demonstrando uma redução 2,4 %, com relação ao período anterior. O cesto básico se manteve quase que constante, com um valor total médio de R$839,90, o que, mesmo assim, compromete mais de 59,48% do salário-mínimo do trabalhador.

Durante a pesquisa, foi possível notar que a oscilação de preços de alguns dos produtos foi causada pelo desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Mas também há sinais de equilíbrio: o açúcar cristal tipo 1 e a farinha, que são itens básicos da cozinha brasileira, mantiveram-se com preços estáveis entre os meses de março e maio.

Os produtos que mais subiram de preço entre março e junho de 2024 foram:

Batata inglesa: 49,27%

Pão francês:     21,50%

Leite:                  20,39%

Carne bovina:  11,39%
Fonte: Dados pesquisados (2024)

As principais variações decorreram de circunstâncias relevantes. O aumento dos preços em alguns produtos foi ocasionado pelas enchentes, que tiveram grande repercussão para a redução da oferta de produtos do cesto básico e, consequentemente, no valor final praticado nas gôndolas dos supermercados.

A METODOLOGIA DA PESQUISA

De acordo com a professora Rita Jorge, a metodologia do trabalho desenvolvido neste primeiro semestre está de acordo com normas científicas e, para definição de uma amostragem mais significativa, adotou-se o critério de divisão geográfica da cidade de Bagé em quatro grandes áreas. “Mensalmente foi selecionado um estabelecimento comercial em cada área definida, onde foi realizada a coleta dos dados. Identificada a amostra dos locais, eles foram distribuídos ao longo das quatro semanas do mês, respeitando sempre o dia da semana”, explica.

Assim, um estabelecimento que foi pesquisado na primeira semana do mês(t) em uma segunda-feira, foi visitado no mês seguinte, também na segunda-feira da primeira  semana do mês (t+1). A importância deste procedimento é que diversos estabelecimentos fazem ofertas em determinados dias da semana. “Se os preços fossem cotados em dias distintos e emparelhados, poderia resultar em variações de valores que não apontariam, necessariamente, inflação ou deflação, mas simplesmente políticas de marketing”, avalia. A lista de produtos pesquisados é adaptada do padrão Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - que reúne 13 produtos. A aplicada em Bagé contempla 40 itens, incluindo grupo de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica.

Em seu relatório, o trabalho aponta que a pesquisa foi de grande importância tanto para a população quanto para os responsáveis pelo projeto integrador apresentado, pois, através dela, é possível informar a população sobre a variação dos preços do cesto básico e o percentual de comprometimento do salário mínimo do trabalhador.

DICAS DE CONSUMO

Destaca-se a importância de que cada um faça a sua parte para garantir o acesso aos alimentos básicos. Isso inclui escolher alimentos saudáveis e nutritivos, evitar o desperdício e buscar alternativas mais econômicas na hora das compras. Com essas medidas, é possível contribuir para a redução do valor do cesto básico e garantir uma alimentação adequada para todos.

Responsáveis pela pesquisa:

Acadêmicos dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis

Profª. Rita Luciana Saraiva Jorge – Administradora, Coordenadora do curso de Administração e orientadora do projeto.