Semana Integrada da Arquitetura e Urbanismo encerra com sucesso e vasto aprendizado sobre patrimônio

23/08/2024 às 19:59

Em cinco dias foram mais de 20 palestras em diferentes temas e com abordagens distintas sobre “patrimônio”, seja ele material ou imaterial.

O desfecho reuniu profissionais de Bagé e de fora, como o arquiteto Lucas Volpatto - Studio1 Arquitetura, de Pelotas, que falou sobre “Ressignificando o passado com a arquitetura”. O arquiteto destacou a importância de manter fachadas históricas no sentido de garantir a identidade local. “É importante diferenciar, passado é oq eu já passou, patrimônio é o que permanece”, aponta.

Em seguida, os engenheiros civis egressos da Urcamp, Rafael Delabary e Bruno Xavier, relataram a experiência que tiveram no projeto de Conservação e manutenção predial da Igreja Auxiliadora, um marco da arquitetura bajeense, localizada no coração da cidade. A empresa de engenharia foi a responsável por toda a reforma do telhado e impermeabilização das sacadas. “A primeira etapa, que foi a mais importante, era resolver o problema de infiltrações, o teto estava desalinhado, deteriorado, além das infiltrações nas lages, por ser um prédio centenário, imaginávamos que teríamos que substituir pelo menos 30% do telhado, mas não foi necessário pelo bom estado de conservação”, relata Delabary.

A obra foi entregue antes do prazo e resolveu todos os problemas estruturais da igreja. O engenheiro, ex-aluno, disse estar emocionado em voltar à academia, agora como palestrante. “Para mim é uma honra e um sonho poder vir aqui passar um pouco de conhecimento para esses acadêmicos, que amanhã serão meus colegas”, finaliza.

O encerramento também contou com a participação dos Arquitetos Associados - Arquitetura e Urbanismo, de Belo Horizonte, de forma on-line, além de uma palestra do professor Sandro Martinez do curso de Arquitetura e Urbanismo sobre “Relatório de preservação do patrimônio”.

A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, professora Fernanda Barasuol, destacou a relevância da semana para os acadêmicos. “Foram cinco dias demjuito conhecimento e aprendizado, comunidade presente, assim como representantes de instituições, além dos nossos alunos. Todas as noites com assuntos relevantes relacionados ao patrimônio. Foi muito proveitosa para todos nós”, justifica.

O coordenador do curso de Engenharia Civil professor Adalberto Schafer reforçou a integração entre os dois cursos. “Estamos muito contentes, Engenharia Civil e Arquitetura se agregaram junto com o município para fazer uma semana voltada à valorização do patrimônio histórico e isso teve uma abrangência muito grande. Ver os arquitetos com os projetos e os engenheiros com as obras de execução e o resultado foi uma semana exitosa para todos nós”, finaliza.

Semana da Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil chega à quarta noite com programação diversificada

23/08/2024 às 18:03

As professoras arquitetas, Magali Collares e Maria de Fátima Barbosa abriram os trabalhos da Semana Acadêmica Integrada dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil da Urcamp na noite da última quarta-feira. As profissionais relataram suas experiências de pesquisa sobre o tema Inventário arquitetônico da cidade de Bagé, onde reuniram, com o auxílio de acadêmicos, os prédios antigos e históricos da cidade. O estudo auxiliou na regulamentação de vários órgãos ligados à preservação. A segunda intervenção foi  a palestra realizada on-line,quando o arquiteto Sérgio Magalhães abordou a “Percepção e Sustentabilidade do Centro Histórico de Bagé". 

O foco central da noite foi a palestra do arquiteto e professor da Unipampa, Cristiano Ferreira, que tratou de “Prototipagem”, trazendo ao encontro vários protótipos em miniaturas fabricados em oficinas. Ferreira ensinou técnicas, citou softwares e outras tecnologias de impressão e reprodução de objetos que podem ser úteis no dia a dia de um arquiteto ou de um engenheiro civil. O arquiteto ainda explicou as formas mais utilizadas para impressão e prototipagem em 3D. 

Tudo começa com o desenho no computador, depois vem a busca na internet pela tecnologia a ser utilizada e em seguida a utilização do scaner em 3D. Outro equipamento utilizado para reprodução de objetos é a máquina fotográfica. “A ideia é fazer com que mais pessoas tenham acesso a essas tecnologias, que beneficiam muita gente, seja dentro da área da inclusão, da área da arquitetura ou do patrimônio. A intenção é divulgar cada vez mais o uso desses equipamentos, ampliar o acesso dos estudantes a essas tecnologias que trazem benefícios para a sociedade”, finaliza.

O encerramento ficou por conta da professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Doutora Célia Gonsales, pelo Professor Doutor Antonio Soukef Júnior e pela Mestranda Alexandra de Los Santos, que apresentaram o tema “Patrimônio ferroviário, edificado, industrial, ambiental e os conflitos /Pesquisas sobre Bagé”, com um histórico de toda a região. A pesquisa “Cidades médias do sul do Brasil e em zonas de fronteira: qualificação e proposição de espaços públicos sensíveis às relações intergeracionais, inclusivas e sustentáveis” da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com Urcamp, Unipampa, Ecoarte e NPHTT, visa estabelecer parâmetros para a criação de espaços urbanos que promovam inclusão social e sustentabilidade. 

O estudo concentra-se nas cidades de Pelotas e Bagé, abordando temas como a memória urbana, a qualidade ambiental e a apropriação do espaço público, além de analisar a relação entre o patrimônio cultural e a vitalidade dos lugares. A pesquisa também propõe uma metodologia interdisciplinar e busca contribuir para o debate sobre políticas públicas voltadas às cidades de médio porte no Brasil.

Urcamp leva 17 avaliadores ao Integra Salesiano 2024

23/08/2024 às 17:19

Evento de Iniciação Científica é promovido pelo Colégio Auxiliadora

Integração com a comunidade e estímulo à ciência. Estes são dois objetivos gerais que reuniram 17 professores da Urcamp, de diversas áreas do conhecimento, na iniciativa de integrar a equipe de professores avaliadores da 2ª Mostra de Iniciação Científica do Colégio Auxiliadora de Bagé - Integra Salesiano 2024. “Nossa intenção é manter este vínculo com a comunidade cada vez mais forte. E não há maneira melhor de dar base a essa meta do que estar junto com as escolas em seus desafios”, afirma o reitor da Urcamp, professor doutor Guilherme Cassão Marques Bragança. 

A atividade reuniu 65 trabalhos em uma metodologia que dividiu as apresentações em 49 projetos no formato de apresentação de pôster, outros 16 em regime de defesa oral diretamente com os avaliadores. “Os alunos trabalham por áreas de conhecimento sob orientação de seus professores e agora são avaliados por professores de universidades convidadas e mestres e doutores da nossa escola. Com isso, eles ultrapassam aspectos que seriam obstáculos, como na área da comunicação. Então, eles já se acostumam com a vida acadêmica”, justifica a diretora do Colégio Salesiano Auxiliadora de Bagé, Helena Pereira. 

Os estudantes foram organizados em duplas e abordaram temas a partir de áreas de conhecimento específicas. Os alunos de 1ª e 2ª séries  apresentaram seus trabalhos em posters, os de 3ª série defenderam junto às bancas, formadas por professores de diversas instituições de ensino superior. “Hoje, temos aqui um evento que valoriza protagonismo estudantil, do desenvolvimento de método científico e de pesquisa acadêmica. Tenho certeza que estamos entregando para vocês (Urcamp) e para as demais instituições de ensino superior, jovens mais maduros e quem têm a consciência científica que achamos importante”, garante a coordenadora pedagógica do Colégio Auxiliadora, Aline Brocessewisk. 

INTERAÇÃO COM ESCOLAS

Ao longo do ano, o Centro Universitário da Região da Campanha vem oferecendo parcerias em diversos eventos de iniciação científica produzidos em escolas públicas e particulares. Esse movimento se reforça nas ações amparadas pela parceria da Anversa Transporte Coletivo, que garante o deslocamento dos estudantes gratuitamente, sempre que demandado pela escola, aos eventos e visitas nos laboratórios da Urcamp, o que já soma mais de 400 alunos só na primeira metade do ano. “Nossos professores e técnico-administrativos têm recebido e orientado visitas desde o primeiro semestre, mas nossos professores também visitam escolas e atendem demandas específicas também para capacitação de professores”, destaca o reitor. 

Aula Inaugural aborda importância dos ambientes de inovação para o empreendedorismo e apoio tributário à comunidade  

23/08/2024 às 17:13

EVENTO FOI PROMOVIDO PELOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO, CONTÁBEIS E SISTEMA DE INFORMAÇÃO

A proposta da Aula Inaugural dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Sistemas de Informação da Urcamp é familiarizar acadêmicos, professores e a comunidade sobre os diversos serviços prestados pelos cursos e, também, difundir o papel dos ambientes de criação e trabalho colaborativo da instituição. O evento da noite da última quinta-feira, foi realizado no espaço Espaço Comunitário de Empreendedorismo e Inovação da Urcamp - Uall, no segundo andar da Biblioteca Central.

Os coordenadores das atividades desenvolvidas no UALL apresentaram o programa que visa estimular formas inovadoras de empreendedorismo, com base em ações colaborativas, no uso de tecnologia e fomentando a criação de startups. O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, em parceria com a Urcamp. Tanto o espaço quanto o programa de estímulo à mentalidade empreendedora e à geração de startups foram apresentados pelos gestores dos ambientes de Inovação da Urcamp,Leandro Pires e Alex Camargo. 

Leandro Pires provocou a interatividade entre os estudantes ao questionar “de onde vem a inovação?“ Os alunos responderam através de um QR code, utilizando o aparelho celular registrando 43% respostas de que inovação vem a partir das “ideias”, 23% sugeriu que surge de “problemas”, 19% respondeu  que é da “tecnologia” e 18% que vem da “colaboração”. “Nosso grande propósito aqui é fazer essa conexão com ambientes de inovação, que é o Uall, onde o nome quer dizer universo para todos. Aqui a gente faz um ambiente comunitário para integrar projetos dos acadêmicos para as empresas, fomentar a criação de novos negócios, startups, gerando aprendizado, novas ideias e desenvolvimento econômico para a nossa região”, explica Pires. 

O gestor de inovação e tecnologia, Alex Camargo, que atua junto à Startup Lab, dentro da Urcamp, destacou o trabalho que vem sendo realizado junto às empresas, cujos problemas apontados pelos empresários ganham soluções através das startups. “A ideia é gerar um plano de retomada econômica na região colocando a inovação como centro estratégico para o desenvolvimento econômico”, aponta. 

AS RELAÇÕES ENTRE A RECEITA E A CIDADANIA

O encontro contou com a explanação do auditor-fiscal da Receita Federal, Gláucio Nascimento de Abreu, desenvolvendo o tema “Receita com empreendedorismo e cidadania”. Ele falou da estrutura do órgão, das atribuições na arrecadação e na fiscalização aduaneira e reforçou o trabalho social empregado em todas as esferas através de doações de materiais, como: computadores, ares-condicionados, veículos, utensílios e equipamentos eletrônicos a ONGs e entidades sociais. “Só na pandemia, por exemplo, foram mais de seis milhões de testes de COVID-19 gratuitos, realizados pelo órgão. “A Receita Federal apoia a educação e isso é demonstrado com nossa parceria com a cidadania fiscal que é de interesse dos jovens. A RF é conhecida como órgão arrecadador, mas também faz suas destinações sociais para entidades, além do Fundo de Participação da Criança e do Adolescente”, revela. 

Abreu ainda falou do NAF (Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal) grupo composto de professores e acadêmicos que oferece assistência fiscal gratuita e orientação tributária a pessoas de baixa renda, MEI, OSC e pequenos proprietários rurais, que, em Bagé é realizado juntamente com a Urcamp, através de uma parceria.

Semana Acadêmica debate aspectos ambientais, culturais, simbólicos e turísticos do patrimônio

22/08/2024 às 17:31

EVENTO É PRODUZIDO PELOS CURSOS DE ARQUITETURA E URBANISMO E ENGENHARIA CIVIL DA URCAMP

A escritora e ambientalista, Elvira Nascimento, representou o grupo Ecoarte na abertura da sessão de conversas da programação da Semana Integrada dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil da Urcamp. Criado nos anos 1980, o Ecoarte é um grupo de artistas que produz seu material com mensagem poética e profunda vinculação com a temática do meio ambiente. Mercinha, como é conhecida no meio cultural, destacou que o grupo desenvolve várias iniciativas  ao longo de 40 anos, uma delas foi conhecer as comunidades que circundam e vivem em torno do Arroio Bagé. 

O grupo mapeou a geografia do local como forma de reforçar o orgulho de pertencimento e a chama da identidade que conta a história da região. “Essa é nossa luta, é preciso recolher as vozes do lugar onde a gente está. Nós precisamos difundir as vozes, desfrutar, olhar o lugar com um olhar histórico e simbólico, neste contexto que está envolvido em vários significados”, explica. Um dos representantes mais jovens, porém, não menos atuante do grupo, é o jornalista e escritor José Francisco Botelho.“Viemos falar sobre preservação do patrimônio histórico, material e imaterial. Isso tudo mesclado à arquitetura, à literatura e às artes forma um todo, um universo que representa a cultura de uma cidade e de uma região”, aponta. A discussão do Ecoarte em torno da preservação e cidadania, ainda contou com a participação da professora Maria Luiza Pêgas, uma das gestoras dos museus da Urcamp, que destacou o trabalho de registros fotográficos realizados pelos acadêmicos num total de 7.528 fotos de patrimônio, na cidade de Bagé.

A professora e historiadora, Clarisse Ismério, falou sobre Arte e Patrimônio Cemiterial e mostrou as representações simbólicas presentes no cemitério, as interpretações que são dadas às imagens e estilos e o que as famílias interpretavam naquelas edificações. Ismério analisou os túmulos que se destacam, de personalidades icônicas de épocas distintas de Bagé e finalizou com a experiência do projeto Sarau Noturno. “O Sarau é fruto de uma pesquisa das representações simbólicas, que resultou num evento de educação patrimonial que já soma 16 anos. Essa pesquisa colhe frutos fora de Bagé, pois mostra a representação de uma comunidade através de uma rica fonte de memória e história”, explica.

Já o engenheiro civil, Rafael Hendler, falou sobre a Construção do Espaço Cultural e do monumento alusivo ao monstro da Panela do Candal, um projeto de monumento criado pelos acadêmicos dos  cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil da Urcamp que está pronto para ser inaugurado. O final ficou por conta da arquiteta Simone Neutzling, que destacou as “Vivências e práticas do arquiteto no patrimônio cultural” e Planos cromáticos e prospecção, que contou com a colaboração da arquiteta de Pelotas, Vanessa Martins, além da participação do município, através do tema "Turismo no Centro Histórico, pela Secretaria de Turismo e Conselho de Turismo, Anacarla Oliveira.

A acadêmica de arquitetura, Andréa Vieira Montardo, do 6º semestre de Arquitetura e Urbanismo, destacou o conhecimento que a semana traz para a formação do estudante e futuro profissional “Poder ouvir essas histórias, conhecer esses depoimentos, além da parte técnica, nos acrescenta muito, está sendo maravilhoso”, finaliza. 

Programação do dia 22::

19h - Inventário arquitetônico da cidade de Bagé - Palestra Prof. Dra. Magali Collares e Arq.Esp. Maria de Fatima Barbosa

19h30min - Percepção e Sustentabilidade do Centro Histórico - Participação Arq. Sérgio Magalhães

20h15min - Intervalo

20h30min - Prototipagem - Palestra e oficina. Prof. Dr. Cristiano Ferreira (UNIPAMPA)

21h15 - Patrimônio ferroviário, edificado, industrial, ambiental e os conflitos /Pesquisas sobre Bagé - Participação Prof.Dra. Célia Gonsales (UFPEL).

Ministério aprova projeto da Urcamp para sediar 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

21/08/2024 às 17:18

Evento que incentiva iniciação científica acontece em outubro

A Pró-reitoria de Inovação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Urcamp comemora a aprovação do projeto que buscava garantir novamente a realização da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia em Bagé. Em 2024, apenas duas instituições de ensino do Rio Grande do Sul alcançaram aprovação na mesma linha de investimento federal que contempla uma região de 20 municípios impactados por proponente. Os recursos são do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

“Uma peculiaridade, no caso de Bagé, é que em função do vendaval com granizo de 2023, a Urcamp desenvolveu o evento em março deste ano. Agora vamos oferecer uma segunda edição de 15 a 18 de outubro”, informa o pró-reitor, professor doutor Guilherme Collares. O tema da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia SNCT 2024 é “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, o que vem se alinhar a uma preocupação dos principais eventos científicos desenvolvidos pela Urcamp nos últimos anos, sempre observando cultura, saberes e tecnologias voltadas a solucionar problemas dos biomas. “Nesse caso vamos abrir um espaço de atenção ao Bioma Pampa que é a base dos ecossistemas de nossa região”, avalia Collares. O evento deve complementar o que foi proposto em 2023, quando o desenvolvimento sustentável e a congregação de saberes, vivências e tradições foi a pauta dos debates. 

O EVENTO

Realizada no campus sede da Urcamp, a ASNCT será voltada aos públicos do ensino básico, técnico e EJA, com inscrições gratuitas. “A ideia é que a partir dos campi regionais da Urcamp e de parcerias com os municípios vizinhos, possamos transportar grupos de estudantes e escolas interessados até Bagé em um grande evento de confraternização e de conhecimento”, prevê o pró-reitor. 

Durante o período de 15 a 18 de outubro, serão desenvolvidas várias atividades já tradicionais da Urcamp que compõem a programação geral da Semana Nacional no espaço do campus central. Outras propostas do projeto poderão ser realizadas ao longo do ano mediante visitas e deslocamentos. 

PROGRAMA GERAL

Em Bagé acontecerão: o BioUrcamp, a 17ª Mostra de Iniciação Científica Júnior (MICJr), a Feira das profissões, o Portas Abertas ou projeto #CiênciaPop, o CineClube com exibição pública de vídeos, filmes e documentários sobre temáticas do meio ambiente. Também estão previstas manifestações culturais como apresentações teatrais. 

Semana acadêmica coloca a pampa no centro do debate sobre patrimônio cultural

21/08/2024 às 10:24

Encontro da Urcamp reúne técnicos e pesquisadores do Iphan e de universidades gaúchas

A segunda noite da Semana Acadêmica Integrada da Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil foi desenvolvida de maneira virtualizada em função do alerta da Defesa Civil do estado, com previsão de fortes chuvas e temporais. Os palestrantes do evento de terça-feira compartilharam a mesma sala on-line, em formato de mesa redonda, cuja proposta foi debater o pampa enquanto patrimônio a partir de uma contribuição conjunta.

A abertura ficou por conta dos pesquisadores, professora Doutora Flávia Maria Silva Rieth - UFPEL, professor Doutor Gonzalo Prudkin - UFSM e Beatriz Muniz Freire - IPHAN/RS. Eles integram a equipe do Inventário Nacional de Referências Culturais das lides campeiras nas regiões de Bagé e Alto Camaquã. O INRC é um trabalho aprofundado sobre o cotidiano do campo, suas lides, comportamentos e costumes. São estudadas práticas como a doma e a esquila, a tropeada e campereada, o artesanato e elementos que fazem com que essa região tenha uma rica e intensa identidade, o que é visto como patrimônio histórico e cultural.  

A pesquisadora Flávia Maria Silva Rieth, conta que é preciso olhar para esse patrimônio campeiro, pensando num processo de pesquisa, como um rico acervo rural. "É preciso trabalhar políticas públicas que contemplem os diferentes contextos no cotidiano e que contribuam com o modo de vida das pessoas. Isso inclui práticas e recursos materiais, intelectuais que estejam conectados com as mudanças sociais", justifica. A pesquisa realizada na região de Bagé, conta com referências vivas, como o historiador, músico e compositor Heron Vaz Mattos, por exemplo, que relata os caminhos de tropas, hoje em sua maioria, trilhas asfaltadas, o que caracteriza uma simbiose entre o campo e a cidade. 

O professor Dr. Gonzalo Prudkin - UFSM, destacou a importância do Guasqueiro, enquanto profissional do artesanato campeiro, que se tornou um personagem dentro do patrimônio do pampa. A guasqueria remete a uma técnica artesanal e um ofício ancestral, empregada com base no couro cru de bovino e cavalar, sem a utilização de produtos químicos. "É uma arte popular centenária ligada com a conformação da identidade do habitante e trabalhador rural, que se torna o guasqueiro", explica. O trabalho está interligado com a natureza, a criação de animais e a vinculação com as demandas funcionais do campo. 

A representante do IPHAN/RS, Beatriz Muniz Freire, relatou que a pampa (termo de origem quichua - indígenas da América do Sul - que significa região ou terra plana) precisa de políticas que saibam ouvir o homem do campo. Ela destacou a riqueza cultural que permeia o cotidiano rural e que muitas vezes se torna invisível para quem vive na cidade. "Por isso é importante estarmos aqui, debatendo o patrimônio, isso precisa resultar em salvaguardar esses costumes, envolver o campeiro e o urbano, de forma que a gente possa perpetuar essa identidade", justifica.

A noite contou com a participação do engenheiro civil de Pelotas, Miguel Medina, que falou sobre "Patrimônio Histórico e os desafios no mercado de trabalho". Ele atua com projetos na área da construção civil e falou da importância de trabalhar a gestão dentro da profissão. "É preciso entender que além de construtores, temos o desafio de liderar, então, invistam em conhecimento, em novos softwares, mas invistam também em cursos, ferramentas para conviver e gerir pessoas", destaca. 

A noite encerrou com a colaboração do professor, escritor e pesquisador, Cláudio Lemieszek, que está à frente do Arquivo Público Municipal de Bagé e reforçou a riqueza do acervo que lá existe. "O nosso arquivo foi criado em 1997. Hoje contamos com mais 1 milhão de documentos catalogados, além de estarmos equipados num prédio próprio, com 27 salas que abrigam todo o nosso acervo", pontua. Aliando patrimônio à preocupação com meio ambiente, relatou que a luta pela preservação do Arroio Bagé não vem de agora. “Desde o ano de 1942 há registros de limpeza e preservação do rio na Panela do Candal”, destaca.

Programa de quarta-feira

A programação presencial da Semana Acadêmica Integrada da Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil continua nesta quarta-feira, 21:

19h - Preservação e Cidadania - Participação ECOARTE / Francisco Botelho / Museus e Educação. Participação Profª. Maria Luiza Pêgas

19h30min - Construção do espaço Panela do Candal - desafios da execução na engenharia. Palestra Eng. Civil Rafael Hendler

20h - Vivências e práticas do arquiteto no patrimônio cultural. Participação Arquiteta Simone Neutzling 

20h30min - Turismo no Centro Histórico - Participação Secretaria de Turismo e Conselho de Turismo

20h45min - Intervalo

21h - Arte e Patrimônio Cemiterial - Palestra Prof. Drª. Clarisse Ismério

21h15min - Planos cromáticos e prospecção - Participação Arquiteta Vanessa Martins

Semana Acadêmica da Urcamp abre com palestrante internacional

20/08/2024 às 19:05

Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil recebem pesquisador uruguaio Eduardo Montemuiño 

Dialogar sobre o patrimônio em diferentes faces, com visões distintas e com objetivo de propor soluções foi a proposta que iniciou, na noite desta segunda-feira, 19, a Semana Acadêmica Integrada dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil da Urcamp. O encontro reservou uma participação de reconhecimento internacional no setor com a palestra do arquiteto e pesquisador uruguaio, Eduardo Montemuiño, que abordou a questão do “Patrimônio Funerário – O passado é nosso presente, compartilhando experiências em território” . 

Montemuiño é coordenador nacional Grupo de investigación y difusión en Diseño Arquitectura y Patrimonio Cultural / Uruguay e  integra a Red Uruguaya de Cemitérios y Sitios Patrimoniais, que pesquisa, estuda e documenta  rituais, celebrações e atividades que envolvam o patrimônio funerário. O arquiteto destacou o trabalho desenvolvido em seu país para manter viva a cultura em torno dos cemitérios. “Temos rituais, crenças, costumes, religiões e esperanças, geografia, gastronomia, encontros onde as pessoas podem ir beber com um ente querido que partiu” exemplifica. São atividades que, além da importância histórica, desenvolvem uma cultura de celebração cultural, que também serve como aceitação, conforto para quem perde alguém”, aponta. “Esses rituais são importantes porque nos constrói enquanto sociedade e civilização. Nossas culturas vão interpretar alguns conceitos que unem a vida com a morte e aí entendemos que é libertador, porque a vida continua”, finaliza.  

Além de arquiteto e pesquisador, Eduardo Montemuiño é conferencista, com inúmeras participações em congressos sobre patrimônio funerário, religioso e turismo cultural. Atualmente, é gestor cultural do Cemitério Britânico de Montevidéu, capital uruguaia. 

Os cuidados com o patrimônio

A segunda palestra foi transmitida de forma on-line e contou com a colaboração da arquiteta, urbanista e pesquisadora, professora doutora Adriane Borba, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Seu tema foi “Geometria Gráfica do Patrimônio”, quando citou técnicas e exercícios de formulação de lógicas de organização para a apreensão de estratégias direcionadas a projetos que envolvem patrimônio. 

Outra intervenção importante foi da arquiteta e urbanista, secretária de Turismo e Cultura de Garibaldi, Ana Pauline Mombach, que apontou ações adotadas no seu município para manter a preservação do Centro Histórico da cidade. O exemplo de cuidar, tratar, restaurar sem distorcer a originalidade dos prédios serve de modelo para outros projetos de preservação patrimonial.  

A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Fernanda Barasuol, destacou a pluralidade das abordagens em torno do tema central. “Esta semana é integrada com a Engenharia Civil e faz parte da Semana do Patrimônio do município de Bagé. Nossas palestras têm temas relacionados ao patrimônio histórico, cultural e arquitetônico com a participação de especialistas e professores de outras universidades. Isso vai levar aos alunos um grande aprendizado”, explica. 

O secretário municipal de Cultura de Bagé, Tiago Cesarino, destacou a importância de envolver a sociedade na construção de ideias voltadas para a preservação. “A Urcamp cumpre muito bem este papel de abraçar desafios porque qualquer formação de ser humano é desafiadora, e a gente aqui está trabalhando com patrimônio que é ainda mais desafiador. Estamos falando da produção de memória, produção de memória afetiva e cultural. Debater preservação num lugar histórico de Bagé que é a Urcamp é muito significativo”, destaca.

O encerramento da primeira noite ficou por conta do engenheiro civil, formado pela primeira turma de Engenharia da Urcamp, Jerônimo Bazerque. Especialista em Patologia das Construções e Avaliação em Perícias de Engenharia, enalteceu a necessidade de conservar as estruturas que apontam um passado e uma memória. “Vim para falar das análises necessárias para os problemas construtivos nas edificações históricas. Estou demonstrando como identificá-los e de que forma acontece o processo de recuperação para manter as boas condições da identidade dessas construções”, relata. 

Convidado para fazer a abertura do evento, o reitor da Urcamp, professor doutor Guilherme Cassão Marques Bragança, aprova a discussão. “Nos traz muita satisfação trazer este tema numa semana acadêmica, o patrimônio material e o imaterial, que é o aprendizado que estamos tendo aqui durante cada apresentação, reforça o compromisso que temos com a cultura, a memória pública e a nossa forte identidade comunitária”, conclui. 

Jornalista defende formação continuada e investimento na carreira em palestra na Urcamp

19/08/2024 às 23:49

Yuri Cougo Dias descreve curso nos EUA para a Semana de Carreiras do EaD 

Por Priscila Petrecheli - acadêmica de jornalismo.

A Semana de Carreiras do curso de Jornalismo EaD foi marcada pela palestra do jornalista Yuri Cougo Dias, que desenvolveu o tema “Carreira em três passos, profissão, diversificação e formação continuada”. No evento da noite desta segunda-feira, dia 19, os alunos do curso de Jornalismo presencial e EaD da Urcamp tiveram uma descrição detalhada sobre o processo que o jornalista percorreu entre sua formação inicial, pós-graduação, exercício da profissão e sua experiência nos Estados Unidos, onde fez um curso na área de marketing.

Cougo compartilhou sua experiência profissional que começou no curso de Jornalismo na Urcamp, falando sobre sua atuação no jornalismo esportivo, mestrado em Comunicação pela Unisinos e curso em Advanced Topics in Marketing Management (Tópicos avançados na gestão de marketing) e de Business English (Inglês para negócios ou profissional) na University of La Verne, na Califórnia. Atualmente, o jornalista é editor de esportes do Jornal Minuano e também apresenta o programa “Na Gaveta”, na TV Liberdade.

Cougo fala com entusiasmo sobre buscar atualização com a formação continuada e ainda sobre ter contato com quem está começando no Jornalismo. Ao descrever a experiência de continuar estudando, Dias afirma que é essencial que haja o contato, tanto com jornalistas, quanto com acadêmicos para que haja troca de experiências e conhecimento. “Isso mescla o vigor que os alunos têm pelo novo com a experiência que se adquire ao longo da profissão”, declara.

Ao defender a formação continuada, que visa o estudo e a qualificação permanente para o profissional se manter atualizado, o palestrante busca frequentemente o espaço acadêmico para entender o dia a dia da profissão, buscando a construção de projetos e ideias. “Não é porque eu me formei que eu posso me considerar um jornalista pronto. Eu estou sempre me formando um jornalista, preciso estar sempre me atualizando”, diz Cougo.

FORA DA ZONA DE CONFORTO

O jornalista relatou, ainda, sobre os desafios de apresentar um programa de TV ao vivo e também de ser editor de esportes de jornal impresso. Para ele, os principais desafios foram o medo e a impressão dos outros. “A solução para sair da área de conforto é pensar que precisa passar a mensagem, não pode te imaginar como centro das atenções. A atenção deve estar no conteúdo. Tu és apenas um transmissor da notícia”, analisa.

Cougo fez um breve relato sobre a viagem aos Estados Unidos, descrevendo sua experiência pessoal. Detalhou a convivência em regime de imersão em uma cidade universitária estrangeira, onde ficaram em uma casa especialmente preparada para a convivência e estudos. Contou que foi a sua primeira viagem internacional, descrevendo como foi aproveitar uma oportunidade de seleção em um edital de internacionalização e alertou: “É preciso ter confiança e fazer o que se gosta. Nossos sonhos não se realizam sozinhos sem inciativa”, avalia.

O recém-formado pela Urcamp, o jornalista Samuel da Rosa conta que a palestra reforça a ideia de que a formação acadêmica dá uma direção, mas as decisões de colocar isso em prática são individuais. “Eu sempre busquei me desafiar desde o meu primeiro semestre até o último, mas essa é uma atitude que deve existir tanto durante a faculdade quanto após a formatura”, relata. Sobre a importância da formação continuada, que foi abordada na palestra, da Rosa fala que muito relevante, uma vez que é esse o caminho para se destacar no mercado de trabalho.

Acadêmicas de Pedagogia e Reitoria da Urcamp prestam homenagem à saudosa professora Nubia Juliani

19/08/2024 às 14:13

As formandas do curso de Pedagogia da Urcamp solicitaram uma homenagem especial à professora Nubia Juliani, durante a cerimônia de colação de grau realizada no último dia 16. A Reitoria do Centro Universitário da Região da Campanha, em reconhecimento ao pedido dos acadêmicos, resolveu associar-se à homenagem dedicando uma placa que foi entregue, na mesma ocasião, à família da saudosa ex-vice-reitora e professora da instituição.

“Além da presença marcante da professora Nubia na nossa vida institucional, tendo sido diretora de centro, coordenadora de curso e vice-reitora, é importante destacar o símbolo de dedicação à educação que ela construiu ao longo da carreira. São relevantes os testemunhos de seu trabalho como orientadora de estágios para professores e professoras de várias gerações em nossas regiões de abrangência”, reconheceu o reitor, professor doutor Guilherme Cassão Marques Bragança. Já o jornalista Marcos Pintos, que representou sua família na homenagem à mãe, disse que a iniciativa emocionou e significou muito para a família. “Ter o reconhecimento das alunas que a mãe considerava como filhas é um carinho na alma neste momento onde ainda vivemos o luto. A mãe dedicou parte da vida à ensinar como ensinar. Esse ato de amor foi coroado na formatura da Pedagogia. À Urcamp, nossa máxima gratidão”, declara.

Representando as colegas Amanda Oliveira Pacheco, Ana Rita Semper, Daniela Munhoz Alves e Júlia Rosa dos Santos, a formanda Nicoli de Oliveira Messias informa que o desejo sempre foi o de homenagear todas as professoras. Após o falecimento da professora  Nubia, ela disse que ficou mais evidente a vontade de relembrá-la, de convidar um familiar para a formatura. “Ela foi a nossa ponte para a docência. Para muitas, ela foi o contato para a profissão porque nos orientou em nosso primeiro estágio de Educação Infantil”, explica. 

A formanda declara que elaborou o discurso da turma a partir de testemunhos de colegas de aula e de professoras, todas relembrando passagens importantes com a homenageada. “Eu sempre estudei em escola pública e ouvia a questão da falta de recursos. Então sempre pensei que devemos trabalhar com os recursos que a gente tem. Apresentei um projeto de não-estruturados e elementos da natureza a ela e tive todo o apoio para ir em frente. Foi uma honra ter tido esta oportunidade de homenagear todas as nossas professoras e, em especial, a professora Nubia”, avalia Nicoli. 

HOMENAGEADA

Colaboradora da URCAMP por 38 anos, a Professora Nubia foi vice-reitora, membro do Conselho Diretor da Fundação Attila Taborda, diretora do Centro de Educação, coordenadora do Curso de Pedagogia de Bagé. Em sua trajetória no magistério, foi a primeira Secretária de Educação do Município de Aceguá após sua histórica emancipação. Seus mais de 20 anos de orientação de estágios do Curso de Pedagogia renderam-lhe a experiência de dividir sua sabedoria com os professores formados pela URCAMP na maior parte dos municípios das regiões da Campanha e Fronteira Oeste, onde a instituição prestou sua formação. 

TEXTO DO RECONHECIMENTO

“O Centro Universitário da Região da Campanha - URCAMP -  associa-se, honrosamente, aos acadêmicos da Pedagogia no sentido de reconhecer a nobre tarefa de docência, exercida em plenitude pela EDUCADORA NÚBIA JULIANI.

Que o exemplo de conhecimento, prática e abnegação inspirados pela sua saudosa presença na URCAMP sejam respeitados pelos seus eternos alunos e exercidos de maneira permanente pelos seus colegas”.

“Se temos saudade, também temos orgulho”.