05/08/2025 às 16:38
A Urcamp garante presença em momentos de atualização e aprofundamento dos grandes temas das carreiras que forma. O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Urcamp, Sandro Martinez Conceição, participou de mais uma etapa do curso de Restauração ministrado pela renomada especialista, professora doutora Simone Neutzling.
A atividade foi realizada no último dia 2, no mezanino da Catedral de Pelotas, com foco na formação técnica voltada à conservação e à intervenção em bens patrimoniais. Ao grupo, integrou-se a arquiteta e urbanista Camila Centena, egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo da Urcamp, que atualmente atua como professora de Arquitetura da rede municipal de ensino e compõe o setor de Patrimônio da Geplan.
O ROTEIRO
Pela manhã, foi desenvolvido o Módulo de “Diagnóstico das manifestações patológicas”, quando foram abordadas metodologias de levantamento e identificação de patologias construtivas, análise do estado de conservação e estudo das restrições relacionadas a bens inventariados e tombados. A capacitação incluiu observações in loco, registro fotográfico e discussão de casos recorrentes, como problemas de umidade e conservação de esquadrias, técnicas e materiais históricos.
No turno da tarde, o conteúdo avançou para “Proposta de intervenção arquitetônica e complementares", momento em que foram apresentadas estratégias projetuais e técnicas para a reabilitação de edificações históricas. O módulo integrou aspectos de compatibilização de projetos, soluções construtivas adequadas e práticas de conservação alinhadas às normas vigentes, como acessibilidade, proteção contra incêndio e respeito à autenticidade dos bens.
Para o professor Sandro, que atua também como fiscal de obras e membro do Conselho Municipal de Patrimônio de Bagé (COMPHAB), a experiência representa um importante aprimoramento profissional: “Bagé é uma cidade com um patrimônio riquíssimo, e cursos como este fortalecem nossa capacidade técnica para preservar e valorizar essas edificações, garantindo que sua história continue viva para as próximas gerações”. Já a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da URCAMP, Fernanda Barasuol, a participação de docentes e egressos reforça o compromisso da instituição com a formação continuada e com a promoção de práticas de ensino que dialoguem diretamente com as demandas locais e regionais de preservação do patrimônio cultural.
FOTOS: REPRODUÇÃO/ACERVO SANDRO MARTINEZ
Leia mais01/08/2025 às 10:03
Os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Sistemas de Informação receberam o egresso do curso de Administração, Graziane Pereira, na noite desta quinta-feira 31. Os acadêmicos da Urcamp lotaram o salão de atos para um bate-papo sobre gestão que abordou o tema Mentalidade Empreendedora.
Os coordenadores Rita Jorge, João Kleber e Paulo Lemos avaliam a atividade como uma excelente oportunidade de debate e de troca de experiências. “Foi uma noite de aprendizado e integração entre teoria e prática", relata a acadêmica Sabrina Braum, presidente do Inova Consultoria Júnior da Urcamp.
Leia mais31/07/2025 às 18:04
A Urcamp abriu inscrições para o processo seletivo de extensionistas não remunerados do Núcleo de Apoio Fiscal (NAF) para o segundo semestre de 2025-2. As 12 vagas são destinadas a acadêmicos regularmente matriculados nos cursos de Ciências Contábeis, Administração e Direito, além dos cursos superiores de tecnologia da área de Gestão, todos do campus de Bagé.
O NAF tem um papel de destaque no atendimento à comunidade, oferecendo suporte em questões fiscais e contábeis. Dessa forma, as oportunidades disponíveis são prioritariamente destinadas a estudantes de Ciências Contábeis, que atuarão diretamente no atendimento presencial e virtual, auxiliando nas demandas do público e em projetos integradores. No entanto, também há vagas para acadêmicos de Administração e Direito, que poderão contribuir para os mesmos objetivos.
Para o semestre letivo de 2025/2, são ofertadas 12 vagas, distribuídas da seguinte forma: oito para o curso de Ciências Contábeis, duas para Administração e duas para Direito. O processo seletivo ocorrerá em etapas, iniciando com a inscrição, que deve ser realizada exclusivamente via internet, através do formulário disponível no link https://forms.gle/cFzC38fFn8GiLMZk9, até a próximo domingo, 3.
Após a inscrição, os candidatos passarão por uma entrevista de seleção. Decorridos os prazos de confirmação e recursos, as atividades terão início em 6 de agosto, com previsão de encerramento em 19 de dezembro de 2025.
Leia mais28/07/2025 às 16:48
O setor de Recursos Humanos da Urcamp adotou uma iniciativa baseada no pertencimento para a preparação de oito estudantes de três escolas de Bagé que integram o recém-chegado grupo do programa Jovens Aprendizes, mantido em parceria com o Senac. Para facilitar a familiaridade, foi oferecida a oportunidade de conhecer de perto o Campus Central da Urcamp. A visita guiada teve como objetivo apresentar os principais espaços e setores da instituição, proporcionando uma visão abrangente de seu funcionamento e infraestrutura.
A modalidade Jovem Aprendiz desenvolvida entre Senac e Urcamp tem sido uma grande porta de entrada ao mercado de trabalho. Desde fevereiro de 2007, o programa já permitiu experiências profissionais para mais de 120 jovens. Atualmente, a Urcamp mantém 21 aprendizes compartilhando experiências e métodos de trabalho das diversas atividades e setores no campus central.
O TRAJETO
Os estudantes exploraram a Biblioteca da Urcamp, o Corujão e diversos laboratórios, como os de Farmácia, Engenharia Civil e de Jornalismo, além do Jornal Minuano. Também visitaram as instalações do curso de Direito, a Central do Aluno e a Central de Atendimento do Urcamp Digital. A imersão se estendeu aos setores administrativos, onde o grupo conheceu a Pró-reitoria de Ensino, a Pró-reitoria de Inovação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, a Controladoria Acadêmica, a Pró-reitoria de Administrativa e a Assessoria de Comunicação.
PONTO DE VISTA
Max Fonseca, 18 anos, estudante do Carlos Kluwe: "Eu achei uma universidade bem vasta, tem muitos setores que antes eu não conhecia. A gente até chegou a fazer um trabalho no Senac sobre isso. E aí eu consegui entender mais sobre a missão, os valores da Instituição. Achei bem interessante."
Maxuel Antunes da Silva, 16 anos, também estudante do Carlos Kluwe: "Urcamp é bem grande. Tinha alguns setores que eu ainda não conhecia aqui. A parte do Corujão era a única parte que eu conhecia. Fiquei sabendo também que não é só a Urcamp que tem aqui, o Hospital Universitário faz parte também, Biblioteca e Museu, achei bem interessante".
FOTOS: Jeferson Vainer - Ascom
Leia mais24/07/2025 às 14:52
A formação acadêmica iniciada na Urcamp tem rendido novos frutos para a egressa do curso de Engenharia Civil, Andressa Gonçalves Hubert. Depois de concluir a graduação na instituição, ela finalizou, recentemente, o Mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa), com uma pesquisa voltada à área da corrosão de metais, tema de relevância para diversos setores da engenharia.
O trabalho desenvolvido no mestrado teve como foco a investigação do “Extrato de Acácia-Negra como inibidor de corrosão para aço carbono 1020”. A pesquisa se insere no campo dos estudos de alternativas sustentáveis para proteção de materiais metálicos, com especial atenção para o uso de compostos naturais no lugar de inibidores sintéticos, que costumam apresentar maior impacto ambiental. O aço carbono 1020, utilizado em diferentes aplicações industriais, tem a corrosão como um de seus principais desafios, o que torna a busca por soluções economicamente viáveis e ambientalmente seguras uma pauta constante dentro da engenharia de materiais.
A trajetória de Andressa até o mestrado começou com a decisão de cursar Engenharia Civil na Urcamp, onde deu o primeiro passo em sua formação superior, cursando de março de 2018 a março de 2023. Conforme relata, foi durante o período de graduação que se consolidou o interesse pela área e se formaram as bases que mais tarde a levariam à pesquisa científica. “A partir do momento em que a Urcamp me deu a oportunidade de cursar Engenharia Civil, foi o primeiro passo para a realização de um sonho”, conta. Ao longo do curso, o contato com conteúdos técnicos e com a orientação dos professores despertou o desejo de aprofundamento, que se concretizou com o ingresso no mestrado.
A continuidade da formação, agora em nível de pós-graduação stricto sensu, representou para Andressa um processo de amadurecimento acadêmico e profissional. “O longo caminho de anos de estudo trouxe a vontade de me aprofundar mais e aperfeiçoar aquilo que já havia sido inserido no meu conhecimento através dos professores da Urcamp”, relata. O mestrado, segundo ela, foi um espaço de novos desafios e aprendizados, no qual foi possível dar continuidade a uma formação iniciada na graduação e ampliar a atuação na área da engenharia.
A escolha pelo tema da pesquisa também dialoga com demandas atuais do setor, que busca soluções menos agressivas ao meio ambiente e com melhor custo-benefício. O uso de extratos vegetais, como o da acácia-negra, representa uma linha promissora nesse sentido, com potencial de aplicação prática em diferentes segmentos da indústria e construção civil.
Para Andressa, a trajetória formada por essas duas etapas — a graduação na Urcamp e o mestrado na Unipampa — reflete o valor da educação continuada e do investimento no conhecimento como forma de crescimento profissional. “Acredito que sonhar é uma qualidade do ser humano, mas quando aquilo que imaginamos acontece de forma ainda maior, é um presente de Deus. E hoje é isso que essas duas formações representam para mim”, finaliza.
Leia mais22/07/2025 às 11:07
O professor do curso de Direito da Urcamp, Wendell Petrachim Araújo, participou, entre os dias 9 e 11 de julho, do IX Congresso Internacional Ibero-Americano de Direitos Humanos, realizado na Faculdade de Direito da Universidade de Valladolid, na região autônoma de Castela e Leão, na Espanha. Durante o evento, que reúne especialistas de diversos países, Araújo apresentou o artigo "Direito Processual Penal Militar: conceito, peculiaridades e seu papel na proteção dos direitos humanos – uma visão crítica", analisando os desafios e contradições do processo penal militar brasileiro à luz da Constituição de 1988 e dos tratados internacionais de direitos humanos.
Magistrado federal da Justiça Militar e integrante do quadro docente da Urcamp desde fevereiro de 2025, o professor leciona as disciplinas de Direito Penal I e II, no turno da manhã, e Direito Penal III à noite. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especialista em Direito Público e mestre em Políticas Sociais e Direitos Humanos, ele também é juiz-auditor titular da 2ª Auditoria da 3ª Circunscrição Judiciária Militar.
Sobre o artigo
No artigo, Araújo parte da conceituação do Direito Processual Penal Militar e de sua base constitucional (arts. 124 e 125 da CF/88), destacando seu papel na salvaguarda da hierarquia e disciplina militares. Em seguida, apresenta uma crítica às especificidades do rito militar — como o escabinato e o fracionamento do procedimento em múltiplas audiências — em contraste com o sistema acusatório e a figura do juiz das garantias, já incorporados ao processo penal comum.
A análise identifica dispositivos do Código de Processo Penal Militar (CPPM), ainda baseado no Decreto-Lei 1.002/1969, que se mostram incompatíveis com o texto constitucional e com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Entre os exemplos citados estão o artigo 176, que autoriza busca domiciliar sem ordem judicial, e o artigo 305, que permite interpretação do silêncio em prejuízo do réu. “Trata-se de uma legislação que carece de atualização, tanto sob a ótica constitucional quanto convencional”, afirma o professor.
O trabalho também aponta avanços recentes, como a aplicação subsidiária do Código de Processo Penal comum (CPP), com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso em Habeas Corpus 142.608/DF, que modulou a aplicação da resposta escrita à acusação na Justiça Militar. Além disso, Araújo discute as controvérsias sobre o julgamento de civis por tribunais militares em tempos de paz — tema em debate no STF por meio das ações ADPF 289 e ADI 5032 —, e destaca a posição já firmada pela Corte Interamericana.
“Esse congresso se caracteriza também pela oportunidade de artigos selecionados serem expostos oralmente, o que permite intercâmbio acadêmico e visibilidade científica. Para mim foi uma experiência enriquecedora”, avalia. O artigo também apresenta iniciativas legislativas em curso, como o Projeto de Lei 9.436/2017, e propõe uma leitura constitucional que permita a manutenção de uma justiça militar especializada, mas sempre submetida à filtragem constitucional e convencional, em consonância com as obrigações internacionais assumidas pelo Brasil.
Bagagem na docência
Natural de Recife (PE), Araújo vive em Bagé desde 2016, quando assumiu o cargo de juiz federal da Justiça Militar da União, após aprovação em concurso público. Antes da magistratura, atuou como oficial do Exército, onde exerceu funções estratégicas, como assessor jurídico da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, do Departamento-Geral do Pessoal e do Comando do Exército. Com vasta experiência em cursos preparatórios, ele destaca a satisfação de agora também integrar o Ensino Superior. “Para mim, a docência é algo muito gratificante. É uma troca constante: quem ensina também aprende. E estar na graduação, acompanhando os alunos desde o início da jornada no Direito, é uma experiência que tem agregado muito à minha trajetória profissional e pessoal”, finaliza o professor, que atualmente também cursa doutorado na Universidade Católica de Pelotas (UCPel).
Leia mais18/07/2025 às 11:27
A egressa do curso de Nutrição da Urcamp, Elen Zamberlan Seccon, de 22 anos, foi aprovada no Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos (PPGNA) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ela irá desenvolver um estudo na linha de pesquisa “Influência da diabetes mellitus sobre a hipertensão arterial pulmonar: mecanismos e alternativas terapêuticas”, sob orientação do professor Dr. Paulo Cavalheiro Schenkel. O projeto de pesquisa que apresentou no processo seletivo aborda o potencial terapêutico da berberina no tratamento da hipertensão arterial pulmonar combinada à resistência à insulina.
Elen escolheu o curso de Nutrição movida pelo desejo de compreender o impacto da alimentação na saúde humana e optou pela Urcamp pela proximidade com sua cidade – Dom Pedrito. “Foi no 5° semestre do curso de Nutrição da Urcamp que eu decidi que, ao final da graduação, iria fazer Mestrado na UFPel, pois me apaixonei pela área da pesquisa. Desde então, comecei a me preparar de todas as formas possíveis. Busquei oportunidades para fazer pesquisa em laboratório, procurei me familiarizar com a leitura de artigos científicos, aprendi a ler em inglês e participei de congressos em diversas instituições. Não foi nada fácil. Já chorei muitas vezes durante a graduação pensando que não passaria no mestrado”, relata.
Apesar dificuldades vivenciadas, a nutricionista reconhece o papel essencial da Urcamp no processo. “Dei a sorte de poder contar com as professoras maravilhosas do curso de Nutrição da Urcamp. Todas me ajudaram de alguma forma, seja me levando a congressos, auxiliando na produção científica, me estimulando a fazer pesquisa, me possibilitando realizar monitoria, me dando apoio diante das dificuldades e, principalmente, acreditando no meu potencial. Agradeço muito a todos professores e demais funcionários da Urcamp que me auxiliaram com a documentação para a inscrição no Mestrado, pois sei que precisaram ser muito ágeis para concluir tudo a tempo”, observa.
As experiências acadêmicas proporcionadas pela Urcamp também foram fundamentais. Dentro desse contexto, Elen cita os trabalhos de pesquisa e de extensão em eventos, como o Congrega; dos Projetos Integradores, que oportunizavam aliar teoria e prática à comunidade; e da realização de estágio por breve período na reprodução in vitro de mudas de morango no Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal (INTEC).
Uma das experiências que mais influenciaram sua trajetória foi a Iniciação Científica com o modelo experimental Drosophila melanogaster, a mosca da fruta, com a supervisão da professora Dra. Ana Colpo. “Sou imensamente grata por ter tido o prazer de colaborar com os estudantes do curso de Farmácia, Diogo Bianchetti e Nicole Batista, e com a Fisioterapeuta Esthefani Soares, egressa da Urcamp, além de outras acadêmicas de Fisioterapia que fizeram parte do nosso grupo de pesquisa. Foram os meus colegas de laboratório que me instigaram ainda mais a querer trabalhar na área experimental e me deram apoio nos momentos de incerteza”, comenta.
Determinada, Elen celebra a conquista com a certeza de que cada passo foi construído com esforço e dedicação. “Eu lutei com unhas e dentes pelas oportunidades que tive e para chegar até aqui. Nada foi por acaso. Passei os últimos dois anos e meio me preparando para a Pós-Graduação e, agora que eu finalmente consegui a oportunidade de realizar o meu sonho, não poderia estar mais feliz. Tenho consciência de que não será fácil, mas vou lutar pelo que quero, como sempre lutei”, finaliza.
Leia mais17/07/2025 às 17:30
Atendendo ao convite da Prefeitura de Bagé, a Urcamp enviou um grupo para debater o futuro do prédio do antigo Clube Comercial, no centro da cidade. Considerando os inúmeros projetos já realizados em parceria com os cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil com as secretarias municipais, o reitor, professor doutor Guilherme Cassão Marques Bragança, convocou uma equipe de professores a fim de responder à demanda.
“O encontro busca definir um futuro para o Clube Comercial. Então, eles estavam ali reunidos para ouvir a comunidade”, destaca a coordenadora do curso de Arquitetura, Fernanda Barasuol, descrevendo o encontro realizado na tarde desta quarta-feira,16, com representantes de vários setores da sociedade na sede do clube. A abordagem dos representantes da Urcamp lembrou os mais de 30 anos de atuação dos cursos que têm como característica a defesa da educação patrimonial. O grupo destacou que a Urcamp é uma instituição comunitária e que nessa condição se coloca à disposição da equipe de trabalho para auxiliar nas questões de levantamento e análise necessárias para determinar os passos seguintes da proposta.
Presente ao evento, a pró-reitora de Ensino da rcamp deixou registrado que que o clube deve ser protegido como patrimônio material e imaterial, mantendo o seu uso com eventos como formaturas, convenções e festas. "Porque faz parte da história e do imaginário da comunidade bajeense", explica.
Para o reitor da Urcamp, o movimento de reunir entidades, setores da sociedade para discutir o tema é positivo. “O Clube Comercial de Bagé é um exemplar arquitetônico único em Bagé. Além disso, é situado em uma posição privilegiada da área urbana. Portanto, deve ser destinado a um objetivo que atenda às demandas do maior número possível de cisadãos”, avalia.
Leia mais17/07/2025 às 15:56
Marcelo Rodrigues Barboza Duarte, de 30 anos, egresso do curso de Jornalismo da Urcamp, foi aprovado na seleção para a primeira turma do Doutorado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGE) da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). O curso, recém-criado a partir da aprovação da Capes no final de 2024, terá sua aula inaugural no dia 20 de agosto, marcando o início histórico do doutorado na instituição.
A seleção envolveu três etapas: análise da produção científica dos últimos anos, avaliação de pré-projeto de pesquisa e prova oral. O projeto apresentado por Duarte trata da educação midiático-tecnológica na formação de professores. Ele explica que a realidade contemporânea, marcada pelo uso intensivo de tecnologia, presença constante de telas, hiperconexão, redes sociais, consumo informacional e perigos na internet — especialmente na vida de crianças e adolescentes — é uma problemática crescente nas escolas.
“Entendemos que a educação midiático-tecnológica é uma urgência no cotidiano escolar. É fundamental poder mostrar às crianças e adolescentes como fazer melhor uso da tecnologia e da internet, ensinar sobre os perigos, os cuidados necessários, enfim. E os professores precisam de preparação para poder articular essas questões em meio ao seu trabalho didático-pedagógico. Essa questão da educação midiático-tecnológica já recebe atenção da UNESCO, de países europeus e começa a avançar pouco a pouco nos países latino-americanos. Então o meu projeto de pesquisa busca compreender essas questões de forma articulada às políticas de formação de professores, políticas curriculares e à prática docente”, descreve o pesquisador.
A trajetória do novo doutorando com a Urcamp começou ainda no Ensino Médio, como aluno da turma de 2012 do “terceirão” do Colégio da Urcamp de Sant’Ana do Livramento, que atualmente leva o nome da professora Ierecê Lins, sua antiga professora de Biologia. Ele recorda que foi nesse ambiente que teve o primeiro contato com a pesquisa e a iniciação científica. “Praticamente todas as matérias e os professores nos instigavam à curiosidade, a buscarmos respostas, a descobrirmos coisas por nós mesmos. Isso estava ao procurar insetos com a Ierecê, ao discutir questões sociais com o professor Edinho em Sociologia e Geografia e até na matemática da professora Vera. Aliás, naquele ano, o colégio nos trouxe a Bagé para o Congrega 2012 e, com incentivo da professora Vera, um colega e eu trouxemos um trabalho de pesquisa sobre construção de casas recicláveis e outro sobre matemática aplicada à programação”, recorda.
Em 2016, ingressou no curso de Jornalismo da Urcamp, onde foi orientado e incentivado por professores como Cristiane Pereira, Clarisse Ismério, Taiane Volcan e Glauber Pereira. “Eles incentivaram o pensamento crítico voltado à teoria da comunicação, aos estudos culturais, a como a profissão do jornalista tem relações muito profundas com o cotidiano social e com a própria sociedade. Meus interesses de pesquisa, hoje, foram construídos a partir das discussões importantes em sala de aula e no TCC”, relembra.
Após a graduação, o jornalista deu continuidade às atividades de pesquisa com sua orientadora, professora Cristiane Pereira, e realizou uma pós-graduação em Docência do Ensino Superior, já com a decisão de seguir carreira acadêmica. Em 2022, foi aprovado em 1º lugar na seleção do Mestrado Acadêmico em Ensino da Unipampa, sob orientação da professora doutora Vera Lucia Duarte Ferreira e co-orientação de Gisele Benck de Moraes, da Universidade de Passo Fundo (UPF), com projeto voltado à educação e competências midiáticas na formação docente. A conclusão do mestrado em 2024 contou com a presença da professora Taiane Volcan na banca de avaliação.
Agora, em 2025, o pesquisador retorna ao mesmo programa como doutorando, novamente sob orientação da professora Vera Lucia. Paralelamente à vida acadêmica, atua como editor acadêmico na publicação de livros e revistas científicas. “A Urcamp contribuiu não só para que eu alcançasse este resultado pontualmente, mas contribuiu para me formar integralmente, enquanto profissional e enquanto sujeito. A Urcamp, com seu caráter comunitário, acaba tendo uma inserção extremamente importante e, tanto no ensino médio quanto na graduação, essa proximidade com os temas cotidianos e sociais foi fundamental para o profissional, o sujeito e o acadêmico que sou hoje”, analisa.
Pessoalmente, classifica a aprovação no doutorado como uma conquista de grande valor. “Quando a gente começa a ter a certeza do caminho que quer seguir no futuro, cada passo em direção a esse futuro é motivo de muita alegria. O doutorado é o passo que vai abrir portas muito importantes para atuação na docência do ensino superior, permitindo que possa contribuir para a construção de uma educação capaz de transformar vidas, uma educação socialmente referenciada e de qualidade, que não produza apenas mão de obra qualificada, mas que forme cidadãos críticos e engajados socialmente”, finaliza.
16/07/2025 às 15:26
Após um hiato de dez anos, a Conferência Municipal das Mulheres retorna a Bagé e ganha reforço importante com a participação ativa da Urcamp na comissão organizadora. O evento será realizado no dia 25 de julho, na Unipampa, a partir das 13h30min, e reúne instituições de ensino superior e diferentes setores da sociedade para debater temas fundamentais sobre os direitos e a realidade das mulheres.
Com uma programação que inclui apresentações artísticas e palestras, a conferência abordará três eixos centrais definidos pela comissão: a autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida; o respeito à diversidade e o enfrentamento a todas as formas de violência; e a transversalidade de gênero nas políticas públicas.
Desde o Fórum Permanente de Enfrentamento e Combate à Violência contra a Mulher, realizado em 9 de julho, a Urcamp atua de forma comprometida na construção desse momento. A instituição está representada na comissão pela presidente da Fundação Átila Taborda (FAT), professora doutora Mônica Palomino De Los Santos, e pela coordenadora de projetos da Pró-Reitoria de Inovação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Rosete Gottinari Kohn. Na conferência, a professora doutora Clarisse Ismério participará como palestrante, abordando o eixo “A autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida”.
Para a presidente da FAT, Mônica Palomino, a presença da Urcamp nesse processo reforça um compromisso histórico. “Nesse fórum foram instituídas as comissões organizadoras e a Urcamp esteve presente desde então na construção da Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres de Bagé. É uma grande satisfação para nós, como centro universitário, integrar esse processo e, ainda mais, termos a professora Clarisse representando a instituição na mesa de abertura da conferência”, destaca.
A gestora reforça o papel transformador da Urcamp na sociedade. “Somos uma academia, um centro de conhecimento tradicional presente desde 1953. Essa participação reforça nosso compromisso constante com os debates sobre liberdade, qualidade de vida das mulheres e transversalidade de gênero nas políticas públicas. Todas essas transformações, que são uma demanda social, também passam pelo nosso olhar e atuação”, complementa.
A secretária de Políticas Públicas para a Mulher e presidente da comissão organizadora, Patrícia Alves, ressalta a importância da articulação com instituições de ensino na construção coletiva por mudanças reais. “Acreditamos que o ensino é quem realmente transforma. Ter centros universitários conosco, trabalhando e fomentando essa temática, mostra o quanto há uma preocupação concreta com as políticas públicas para as mulheres. Isso só engrandece o nosso trabalho”, afirma.
Com o tema central "Mais democracia, mais igualdade e mais conquista para todas", a conferência contará com grupos de trabalho que discutirão propostas a serem encaminhadas às esferas municipal, estadual e federal. Também serão eleitos delegados para representar Bagé na Conferência Estadual.
Já a pesquisadora Clarisse Ismério reforça a importância do debate sobre autonomia feminina. “É extremamente importante, numa conferência, trabalhar com a autonomia feminina. Por mais que achemos que a mulher hoje tem um espaço de protagonismo na sociedade, ele não está plenamente realizado. Ainda falta muito para as mulheres conquistarem sua verdadeira autonomia”, afirma. A professora lembra que, no início do século XX, a mulher era considerada semi-capaz ou incapaz perante a lei e que, por isso, a luta por protagonismo deve ser constante: “É a autonomia financeira, social, da mulher como protagonista do seu destino. Então, considero essencial termos espaços para conversar sobre essas questões, que muitas vezes passam despercebidas”.
A participação da Urcamp reafirma seu papel como centro universitário comprometido com a formação cidadã, o diálogo social e a construção de políticas públicas voltadas à equidade de gênero. Ao lado de outras entidades, a instituição fortalece um movimento coletivo, contribuindo para que o debate sobre os direitos das mulheres seja permanente, plural e efetivo.
FOTOS: MIGUEL DE SOUZA
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