De forma pioneira, o Hospital Universitário Dr. Mário Araújo, mantido pela Fundação Attila Taborda, é a primeira instituição de saúde da região a disponibilizar a agilidade e credibilidade de exames PCR, realizados através do equipamento Qiaquant, em funcionamento desde março deste ano.
O farmacêutico, Rafael Reis, responsável pela realização dos exames para detecção de covid no hospital, explica que o Qiaquant é um equipamento de biologia molecular que permite realizar teste em uma escala maior de testagem através do método convencional de PCR, com capacidade de testagem de até 200 pessoas por vez.
Reis relata que o Qiaquant permite realizar teste para covid com sensibilidade muito maior em comparação aos métodos de antígeno que são realizados nos estabelecimentos farmacêuticos. “Este equipamento tem possibilidade infinita de aplicação para a pesquisa e diagnóstico. Abre um imenso leque para pesquisa na URCAMP, possibilita a realização de testes realizados somente em grandes centros”, explica.
A tecnologia, até então inédita na região, permite um crescimento muito grande, também, na escala de pesquisas; inclusive, está em processo de estudo a validação de testes com saliva, principalmente em crianças. Outro ponto positivo da nova tecnologia é possibilitar a diminuição de custos do teste, ampliando a possibilidade da população realizar um teste da qualidade do RT-PCR.
Vale destacar que o equipamento disponível no Hospital Universitário participa do Programa Nacional do Controle de Qualidade, realizado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.
Reitora da Urcamp e presidente da Fundação Attila Taborda, Lia Maria Herzer Quintana esclarece que a aquisição dos equipamentos de detecção de covid-19 é uma forma de cumprir o papel social da instituição, auxiliando no diagnóstico rápido e claro da comunidade.
Ela aponta que o equipamento Qiaquant é considerado o carro-chefe do setor de diagnósticos devido à grande capacidade de testagem com resultados em até 24 horas. “Por óbvio não aconteceu em Bagé, mas caso ocorra contaminação em algum segmento industrial ou comercial, conseguimos testar todos os funcionários ou uma parcela muito representativa, o que possibilita manter os locais em funcionamento e facilita que Bagé siga funcionando”, explica.
Além do Qiaquant, o Hospital Universitário também adquiriu o Gene Xpert, equipamento de Biologia Molecular que pode realizar uma ampla gama de testes genéticos e moleculares, desde determinar risco genético de trombose, identificação de mutações de doenças hematológicas, genes de resistência a antibióticos até identificação precoce de tuberculose e detecção de diversos vírus respiratórios como Influenza e Vírus Sincicial Respiratório entre outros testes. Atualmente, a tecnologia está sendo empregada na detecção rápida do novo coronavírus, com capacidade de liberar o resultado em 50 minutos para negativos e até 30 minutos para pacientes positivos para detecção do vírus SARS-COV2. “Atualmente ele possibilita resultados rápidos através da técnica padrão ouro para a detecção de covid, sendo amplamente usado no mundo inteiro como apoio ao controle da pandemia”, relata.
O equipamento está diariamente disponível para exames particulares e convênio Ipe, além de ser disponibilizado para funcionários e professores da Urcamp e Hospital Universitário, a partir de encaminhamento médico em consulta realizada no local.
Exame é considerado o com melhores resultados
Ambos os exames realizados no HU, são os únicos, por exemplo, na região da Campanha, que autorizam brasileiros a acessarem o Uruguai, como para quem viaja por Aceguá. Na atualidade, quem deseja ingressar no país precisa seguir um protocolo rígido que inclui desde a apresentação de um certificado de teste RT-PCR negativo realizado 72 horas antes da viagem, o qual passa por avaliação, e, na sequência, um período de isolamento de sete dias e somente após uma nova avaliação é que determinará quem poderá ou não circular pelas ruas uruguaias.
O primeiro passo para o brasileiro que precisa ingressar no Uruguai é apresentar um certificado de teste RT-PCR negativo para coronavírus, realizado nas 72 horas anteriores à viagem. Em Aceguá, o procedimento que viabiliza a autorização, a chamada revalidação, ocorre junto ao prédio da Atención Ciudadana.
O exame de RT-PCR realizado pelo Hospital Universitário da Urcamp, mantido pela Fundação Attila Taborda, que funciona em Bagé, é único teste feito na região da Campanha aceito pelo órgão.
Como funciona o procedimento no HU
A coleta ocorre no período das 8h às 12h, de forma pré-agendada, por meio de um aplicativo específico. A coleta é realizada através da introdução de um swab na nasofaringe (“cotonete no nariz”), o qual é posteriormente inserido em um líquido especial denominado meio de cultura viral, que possui a finalidade de manter a estabilidade da amostra até a realização do exame.
O supervisor destaca que "o teste de RT-PCR, por pesquisar o material genético do vírus SARS-COV 2, tem sido apresentado pela literatura científica como a técnica mais sensível e específica disponível atualmente. Isto se deve à capacidade da técnica de detectar quantidades muito pequenas do material genético do vírus e que são específicas do SARS COV2, causador da Covid-19”.
Para interessados sobre o procedimento, o exame deve ser realizado entre o 2º e 6º dias após o início dos sintomas, sendo preferencialmente coletado entre o 3° e o 5° dia. “Em se tratando de contato com alguém conhecidamente positivo para Covid-19, o período da coleta deverá ser avaliado pelo médico”, completa. O agendamento é realizado através do aplicativo (ver link: https://app.acuityscheduling.com/schedule.php?owner=21301062&appointmentType=18527354), não exigindo preparações pré-coleta.
O encontro online do Festival Latino-Americano de Instalação de Software Livre (Flisol) reuniu cerca de 400 espectadores durante o sábado, dia 24, e este foi o quarto ano de envolvimento da Urcamp na organização da programação regional do evento.
Esta edição reuniu profissionais não só do Brasil - São Paulo, de Caxias do Sul, Pelotas, além de Bagé - como também dos Estados Unidos. Uma das principais atividades do dia foi a palestra ministrada pelo pioneiro de software livre, John Maddog Hall, ex-integrante da equipe Linux, que falou sobre “O poder do software livre”.
Professor do curso de Sistemas de Informação da Urcamp, Fernando Fagonde, que também participou da organização da programação local, avaliou o evento de forma positiva. “Tivemos um número bem relevante, com alcance bom, se tratando de um final de semana, com palestras durante todo o dia”, explica.
Outro ponto de destaque da programação foi a participação dos egressos da Urcamp, Alex Dias Camargo e Tales Baz, que, inclusive, levaram ao debate assuntos muito atuais, como o uso da inteligência artificial no combate a fraudes e segurança de conexão sem fio e débito técnico e otimização prematura. “O nível técnico das palestras foi muito bom, abrangendo desde a parte mais técnica, como a programação, até parte mais gerencial, como modelo de negócios digital, sempre levando em consideração a importância da filosofia e liberdade do software livre”, destaca Fagonde.
As palestras, tanto da programação local quanto das atividades organizadas em outras cidades participantes, estão disponíveis no Youtube. A programação de Bagé pode ser assistida no canal da Urcamp.
O Flisol é o maior evento de divulgação do Software Livre da América Latina, e é direcionado para todo tipo de público: estudantes de todos os tipos e níveis, empresários, trabalhadores, funcionários públicos, empreendedores, entusiastas e ainda pessoas que não possuem muito conhecimento em informática. A promoção do uso de Software Livre, mostrando ao público em geral sua filosofia, abrangência, avanços e desenvolvimento, é o principal objetivo do evento.
A atividade acontece desde 2005 e é realizada de forma concomitante em 75 cidades da América Latina. A programação local teve início em 2017 com organização da Urcamp. Neste ano, foram responsáveis pela organização os cursos de Sistemas de Informação, tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, em Gestão de TI e em Big Data da Urcamp.
O curso de farmácia do Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) promove, nesta segunda-feira (26/04), às 19h, aula inaugural com a temática “Como nossas bactérias podem nos proteger contra a Covid-19?”. A palestra está programada para ser transmitida pelo Youtube oficial da Urcamp, sendo disponibilizada para os acadêmicos da graduação e comunidade em geral. O evento será ministrado pelo Dr. Alessandro Conrado de Oliveira Silveira, que trabalha, especificamente, avaliando a relação entre as bactérias do nosso corpo e as mais variadas doenças. Ele irá realizar uma abordagem geral sobre o microbioma e como estes microorganismos do nosso intestino podem auxiliar na proteção diante da infecção do Covid-19.
Já no dia 05 de maio, o curso promove outra palestra, via Google Meet, organizada pela profª. Drª. Ana Paula Menezes, contando com a presença da Drª. Letícia Raupp, sobre o Uso Racional de Medicamentos. A atividade acontece no Dia Nacional destinado a este tema, data criada para alertar a sociedade quanto a todos os riscos à saúde promovidos pela automedicação. As inscrições para os eventos são gratuitas e poderão ser feitas no site eventos@urcamp.edu.br até o período da tarde do mesmo dia, podendo toda a comunidade participar. Para a segunda palestra, serão apenas 100 vagas.
Curso Com 22 anos de existência, o curso de farmácia da Urcamp é conhecido pela alta empregabilidade, chegando a 100% dos egressos empregados em até 90 dias pós-formatura. A graduação, que tem como lema “Diagnosticando ideias, formulando sonhos”, conta com nove docentes.
O ambiente de ensino e pesquisa é organizado de forma que o conhecimento seja assimilado a fim de garantir a globalização do compreender profissional. "A teoria e a prática vão além das definições coloquiais, pois aqui a prática é vivenciada pensando sempre no nosso maior objetivo de carinho e respeito: o paciente", salienta o coordenador do curso.
Os estudantes do módulo VI do curso de jornalismo da Urcamp estão produzindo programas radiofônicos de suas casas. A experiência faz parte da disciplina de Mídias Sonoras e Reportagem e busca realizar a prática do radiojornalismo mesmo no distanciamento da pandemia. A primeira edição do Redação Facos 2021 vai ser transmitida pela Rádio Cultura nesta sexta-feira (23/04), durante o programa Visão Geral. Depois, ficará disponível no serviço de streaming Spotify e no site do Jornal Minuano.
Todo o processo foi realizado de forma remota. “Discutimos as pautas durante as aulas online, as entrevistas foram feitas pelo WhatsApp e as gravações nos celulares. As edições também foram realizadas pelos alunos nas suas casas”, explica Cristiane Pereira, professora da componente. Segundo ela, o projeto Redação Facos existe desde 2019, sendo esta a terceira turma a participar.
“O curso de jornalismo da Urcamp tem uma identidade muito forte de interação com a comunidade. Essa parceria com as rádios permite que os estudantes aliem toda esta teoria que a gente discute com o contato com a vida real e faz com que eles mantenham a convivência, ainda que de maneira distanciada, com o processo de produção de uma emissora de verdade, convencional”, destaca Glauber Pereira, coordenador do curso.
Os alunos participantes também aprovaram o projeto. “Eu acho que é muito importante esta oportunidade que nos é dada porque podemos experimentar diversas áreas no jornalismo. Então, permitir que possamos desempenhar funções de apresentadores, repórter, editor, é de grande relevância”, afirma o estudante Lucas Zacouteguy. Já a aluna Maria Eduarda Lemos relata que a participação no Redação Facos está sendo muito gratificante. “Além da oportunidade de aliar a teoria à prática, aprendemos com essa nova experiência o que só quem produz sabe. A entonação, os ruídos do ambiente, foram os cuidados que tivemos nessa produção de rádio em home office”, conta.
A turma de alunos do módulo VI ainda produzirá, neste semestre, um podcast especial sobre os 25 anos do curso de jornalismo da Urcamp.
Ex-integrante do corpo docente da Urcamp, Cárlida Emerim foi a convidada escolhida para a aula inaugural do curso de Jornalismo, que celebra 25 anos em 2021. O convite foi realizado pelo coordenador do curso, Glauber Pereira, já que além de ter sido parte do corpo docente, Cárlida é referência em sua área de atuação e estudo sobre telejornalismo. O evento foi acompanhado por acadêmicos, professores e profissionais da área através de encontro virtual na noite de quinta-feira, um dia após a celebração do Dia do Jornalista.
Atuando como professora na Graduação e Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cárlida relembrou o tempo em que integrou o quadro de docentes da instituição com carinho por ter sido o início de sua caminhada acadêmica. “A Urcamp tem uma importância muito grande na minha trajetória. Comecei a carreira em Bagé, com cursos de especialização antes de ingressar no quadro. Depois fui evoluindo em outras frentes, outros trabalhos, mas tem sempre esse pé na Facos, com uma memória afetiva e enorme aprendizado”, disse.
Com o tema “Jornalismo, Desinformação e Pandemia – O caso do telejornalismo”, Cárlida abordou o papel essencial do jornalismo em um momento em que o mundo atravessa uma pandemia de escala global - em meio ao negacionismo, descredibilização de fontes técnicas e fake news. “O jornalismo está à serviço do interesse público e não ao interesse do público. Não é dirigido a um grupo específico. Ele fala para todos ao mesmo tempo”, destacou.
Para ela, o jornalismo colabora com o desenvolvimento da sociedade com a produção de conhecimento através das notícias. E isto reflete o empoderamento do cidadão, que através das notícias conhece não só a sua própria realidade, mas também o que está acontecendo no mundo. “A partir disso, possibilita que o cidadão reflita sobre atitudes, modifique sua realidade e contribua com mudanças sociais”, afirma.
Essa missão de informar e auxiliar o cidadão na criação de conhecimento e senso crítico de seu próprio tempo é crucial no enfrentamento a dois grandes desafios atuais: as fake news e sua rede de compartilhamento, que fazem com que as informações falsas acabem chegando nas pessoas que, muitas vezes, não tem as ferramentas para fazer o discernimento. “Nossa função está muito mais presente e ganhou maior importância nesse momento, com a busca da verdade científica. Não trabalhamos com suspeições, achismos. Para dar notícia em qualquer uma das mídias, temos que apurar com aqueles que tem conhecimento”, destaca.
O outro desafio é a desinformação, que se apresenta de duas maneiras: tanto pode omitir informações quanto desqualificar as informações repassadas. “Desinformar não significa não informar, necessariamente. Pode ser trazer a informação incorreta ou incompleta”, explica. Sobre isso, a jornalista aponta que é necessário atenção, já que todos os processos e narrativas de produção jornalística são conhecidas e utilizadas pelos agentes da desinformação, com o objetivo de emprestar maior credibilidade ao que é transmitido. “Estamos no caminho certo, este trabalho que estamos fazendo vem salvando vidas. Estamos colaborando para que a informação realmente faça diferença e empodere as pessoas através do conhecimento”, destacou.
É quase inacreditável, mas acontece! Durante a pandemia, a Urcamp teve de se reinventar e, desde então, virtualizou as aulas presenciais. Com o objetivo de proporcionar a aprendizagem sem prejudicar a qualidade do ensino, foram implantadas as videoconferências, onde alunos e professores se encontram no horário oficial no Google Meet.
Esse recurso tecnológico, possibilita a interação simultânea, com apresentação de tela, chat e questionamentos ao vivo. Porém, usuários que não são da turma podem invadir, caso alguns cuidados não sejam tomados.
Infelizmente, essa perturbação já ocorreu em uma das aulas deste semestre e aproveitamos o gancho para falarmos sobre quais dicas são fundamentais para evitar este tipo de atitude que gera constrangimento para estudantes e docentes.
Na tarde desta terça-feira o secretário do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Bayard Paschoa Pereira, participou de uma video conferencia com a professora componente do projeto integrador Beth Drum e a aluna do curso de ciências contábeis Renata Meneses, a reunião tratou da proposta de um projeto que será desenvolvido na Casa do Empreendedor com os alunos da Graduação I, do curso de ciências contábeis. A professora explica que a Graduação I, é a nova metodologia de ensino adotada pela Urcamp, baseada no ensino por competências. “Nosso objetivo é desenvolver um projeto em parceria com a secretaria para estudar o processo e demandas da Casa do Empreendedor e auxiliar na resolução de problemas”, explica. Já o secretário Bayard ressalta a importância da vivência acadêmica no processo de abertura das empresas: “É de extrema relevância este estreitamento de relação com as universidades, sobretudo no fortalecimento das startups locais. A Casa do Empreendedor foi um marco de incentivo e desburocratização para quem deseja empreender, com uma acolhida diferenciada, através de uma gestão compartilhada”, diz. Os alunos devem iniciar o projeto nas próximas semanas, a secretaria disponibilizou sua equipe e estrutura para o desenvolvimento do trabalho dos acadêmicos.
Abrindo a semana de comemoração dos 25 anos do curso de Jornalismo da Urcamp, a primeira Aula Aberta do semestre aconteceu na noite de ontem. O profissional convidado foi Patrick Corrêa, repórter da RBS TV e egresso do curso, que falou sobre o dia a dia do jornalista em um momento de dinamismo e tecnologia, que culminam em rápidas transformações na profissão.
A atividade, promovida pela disciplina Jornalismo Móvel e de Convergência, ministrada pelo professor Glauber Pereira, reuniu estudantes do ensino presencial e da modalidade à distância. Pereira conta que o projeto “Aula Aberta”, iniciado em 2018, busca aproximar e conectar a teoria da sala de aula com algum assunto em pauta no cenário atual.
Neste primeiro encontro do ano, Corrêa foi convidado a dividir sua experiência ao longo de 10 anos na RBS TV – onde ingressou como estagiário e passou por diversos setores, inclusive como cinegrafista. A experiência em múltiplos setores é fundamental para a formação do jornalismo 2.0, que deve ser mais dinâmico e interativo.
Corrêa dividiu com os acadêmicos como foi a adaptação em frente às câmeras e ao modelo de “jornalismo de um homem só”, já que está envolvido em quase todo o processo, desde a pré-produção até a edição das imagens.
A adoção deste modelo tem motivado grandes transformações dentro dos grandes conglomerados jornalísticos, inclusive a RBS, que aposta em um perfil de jornalista multitarefas para tornar as redações mais ágeis e enxutas.
Uma das dicas do jornalista para os estudantes, que estão trilhando caminho na profissão é aproveitar o leque de opções que a tecnologia disponibiliza, aliando ao conhecimento teórico do curso, para lançar ao mundo boas ideias e informação. “Não importa a qualidade do material que tu tem. Tendo noção de enquadramento e composição, consegue salvar uma matéria”.
E continuou, parafraseando e atualizando o pensamento de Glauber Rocha, expoente do Cinema Novo: “Antes era uma ideia na cabeça e uma câmera na mão. Hoje é uma ideia na cabeça e uma internet boa”, brinca. Também dentro da programação de aniversário do curso e da celebração do Dia do Jornalista, a Aula Inaugural deste semestre traz como convidada a jornalista Cárlida Emerin, que integrou o corpo docente da Urcamp e, atualmente é professora da Universidade Federal de Santa Catarina.
Com pós-Doutorado e Arte e Semiótica Televisual, Cárlida abordará o tema “Jornalismo, pandemia e desinformação: o caso do telejornalismo”. A atividade acontece no dia 8 de abril, a partir das 19h30min, através do Google Meet.
O Laboratório de Materiais da Urcamp, criado em 2015 para atender disciplinas que envolvam o estudo dos materiais de construção, vem prestando serviços para a comunidade da construção civil na área de concreto e solos. O espaço propicia pesquisa científica na área de materiais, principalmente para os cursos e Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil da instituição e em pesquisas com alunos de mestrado da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), na área de argilas e concreto.
A pesquisa científica mais recente, realizada no laboratório, rendeu a submissão de seus resultados ao VI Congresso Brasileiro de Carvão Mineral, que será realizado de forma virtual nos dias 29 de novembro a 3 de dezembro de 2021. O evento reúne pesquisadores do Brasil e de outros países que vêm para discutir o setor carbonífero. Este ano o tema é: “Desafios para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do carvão mineral”. A ação é organizada por universidades, Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a Associação Brasileira do Carvão Mineral.
De acordo com o responsável técnico pelo laboratório, Ronald Rolim de Moura, o trabalho de pesquisa submetido ao Congresso teve por objetivo avaliar a redução do consumo de Cimento Portland, devido à substituição deste material por cinzas volantes de carvão mineral, na confecção de blocos de concreto para pavimentação (pavers) para solicitações leves.
Segundo Rolim, o trabalho relata a “Análise da redução do consumo e cimento em Pavers (blocos de concreto para pavimentação) de concreto, contendo adições de cinza de carvão mineral”. Ele explica que a pesquisa foi conduzida pela engenheira de produção, mestranda em Ciência e Engenharia de Materiais na Unipampa, Bruna Carvalho Antunes, sob a orientação da professora engenheira química, Doutora Sabrina Neves da Silva, que atua no curso de Engenharia de Energia e no Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPCEM).
A definição dos traços (proporção dos materiais) e moldagem dos pavers para os ensaios foi realizada na empresa Arcan - Pisos e Blocos de Concreto, localizada no município de Candiota, com assessoramento do empresário e responsável pela empresa, Fábio Rodrigues de Oliveira. Nos equipamentos da empresa, foram preparados pavers com traços de 0, 8, 18 e 28% em massa (m/m) de Cinza Volante em substituição ao Cimento Portland. Os ensaios laboratoriais foram realizados pelo laboratorista Juarez Marques da Fonseca, auxiliado pela estagiária Laura Lemos, sob a supervisão do responsável técnico pelo laboratório, professor engenheiro civil, Mestre Ronald Rolim de Moura, e da pesquisadora mestranda Bruna Carvalho Antunes.
Os pavers foram submetidos aos ensaios de resistência à compressão e absorção de água conforme as prescrições da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. A adição de 18% de Cinza Volante reduziu o consumo de cimento de 149 para 122 quilogramas de cimento por metro cúbico de concreto, isto é, cerca de 23% de cimento deixa de ser consumido, sem comprometimento quanto às questões de resistência à compressão e absorção de água.
Bruna destaca que a abundância de reservas de carvão, os avanços consolidados e os que são esperados nos próximos anos, são elementos básicos que sustentam a visão de que a expansão da geração termoelétrica a carvão faz parte da estratégia da expansão da oferta de energia. Contudo, a queima do carvão nas usinas gera um significativo volume de cinzas (leves e pesadas). Assim, ressalta ainda a pesquisadora, o principal esforço, no sentido de mitigar os impactos ambientais, é voltado à ampliação de potenciais formas de utilização deste resíduo, sendo que já foi amplamente demonstrado na literatura que as características das cinzas, tais como a granulometria, a morfologia, e a composição química sugerem a aplicação como aditivo em concreto em substituição ao cimento Portland. Com isso, além de dar destino a um material de difícil descarte reduz-se o consumo de cimento, cuja cadeia produtiva também tem impacto ambiental.
Neste trabalho preliminar, foi demonstrado que a Cinza Volante utilizada na pesquisa contém sílica em estado amorfo, o que viabiliza sua utilização como pozolana, concluindo-se então, que a Cinza Volante é um substituto viável ao cimento Portland, em proporções adequadas, para confecção de pavers para pavimentação.
O Panorama I é uma ramificação das Competências Pessoais e Profissionais - o componente da sexta-feira dos alunos da Graduação I. Quinzenalmente, o evento ocorre com o objetivo de proporcionar integração e com foco em abordagens de pautas que são de nosso cotidiano.
Quer saber mais? Então confira o Interagindo Urcamp da semana.