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Medicina Veterinária promove palestra sobre Doenças Oculares de Grandes animais

23/07/2020 às 10:34


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Campus Alegrete

A atividade promovida pelo Grupo de Estudos Extensão em Pesquisas de Ruminantes da Urcamp – GEEPRU, contou com a palestra da PhD. Ingebord Langohr, Médica Veterinária graduada pela Universidade Federal de Santa Maria e professora de Patologia Anatômica na Universidade do Estado da Luisiana, nos Estados Unidos.

Diversos elogios foram encaminhados ao Grupo de Estudos Extensão e Pesquisa em Ruminantes da Urcamp. “Ficamos muito contentes e muito honrados, tivemos o propósito de organizar um evento que pudesse somar tanto aos nossos integrantes como os demais estudantes do curso de Medicina Veterinária assim como Médicos Veterinários deste setor, acreditamos que devemos nos moldar as adversidades impostas pela pandemia, e desta forma imaginamos que nosso evento tenha sido de grande valia”, avaliao o acadêmicos Vinicius Mazuni Costa, integrante do GEEPRU.

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Lives celebram os 209 anos de Bagé

20/07/2020 às 14:20


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A celebração do aniversário da Rainha da Fronteira foi diferente neste ano. Em meio à pandemia, gestores públicos e lideranças municipais utilizaram as plataformas virtuais para homenagear Bagé, com a participação de convidados especiais. Em duas lives da sexta-feira, a reitora da Urcamp, Lia Maria Herzer Quintana, foi uma das convidadas.
Pela manhã, a reitora conversou com o deputado estadual, ex-prefeito de Bagé por duas gestões e ex-secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, do PT. O encontro virtual reuniu, também, lideranças de diferentes setores.
Em sua fala junto à reitora, Mainardi destacou o papel da Urcamp enquanto ferramenta de fomento ao desenvolvimento regional. "Se não fosse a Funba/Urcamp, eu não estaria aqui. Eu vim para Bagé estudar. E ao longo do tempo, a Urcamp atraiu tantas pessoas para Bagé. O papel que a Funba cumpriu ao longo das décadas é importantíssimo para o desenvolvimento da cidade. E esse é um desafio que a Urcamp tem de se somar à comunidade, enquanto instituição comunitária, para garantir a formação de pessoas que possam ajudar no desenvolvimento da nossa região", destaca.
Lia relembrou que a instituição, em 63 anos de Ensino Superior, além de formar bajeenses, foi além das fronteiras e reuniu uma grande quantidade de pessoas de diversas partes do Rio Grande do Sul, em busca de qualificação profissional. "Esse é o papel que a instituição vem tentando manter, o compromisso com a formação. A educação é o que agrega o desenvolvimento", reforça.


Ambiente de diálogo

O ex-prefeito qualificou o período pós-pandemia como um cenário em que o diálogo junto às instituições de ensino superior deve ser reforçado, a fim de garantir alternativas de renda para a população afetada pela crise econômica que veio na esteira do novo coronavírus. "Precisamos pensar numa nova Bagé, a partir da pandemia, com retomada do forte diálogo com universidades, empreendedores e todos aqueles que queiram de debruçar sobre alternativas de crescimento em uma cidade em que 1/4 das pessoas não tem renda fixa", disse.
A reitora da Urcamp acrescentou que uma das mudanças ocasionadas pela pandemia é mostrar que o desenvolvimento regional deve ser pensado de forma local, não como um processo vertical. E um dos fatores para isso é a incubadora social, projeto apresentado pela Urcamp, no início deste ano, como fomentadora de projetos na área de tecnologia, turismo e economia solidária. "Uma coisa que se tornou muito clara é que o processo de desenvolvimento regional se tornou um processo local. A criatividade e a difusão tecnológica devem agregar muito a esse processo regional. Por isso é extremamente importante este momento para fazer esse tipo de reflexão", comenta.
A reitora encerrou a participação na live parabenizando a Rainha da Fronteira pelos 209 anos, destacando o compromisso, enquanto gestora de uma instituição de ensino superior regional, de zelar pelo crescimento da cidade. "Todos, nativos ou acolhidos, temos muito orgulho de trabalhar para o desenvolvimento de Bagé", pontua.

O papel da Urcamp na história de Bagé
A segunda agenda que Lia protagonizou, dentro das comemorações alusivas aos 209 anos de Bagé, foi à noite, com participação na live do prefeito Divaldo Lara, do PTB. Durante quase duas horas de programa, o chefe do Executivo bajeense recebeu diversas personalidades, gestores, que transmitiram uma mensagem de afeição pela cidade, bem como apontaram os feitos nesses mais de dois séculos de história.
E quando se fala em desenvolvimento, sempre vem à tona a histórico da Urcamp e, consequentemente, da Fundação Attila Taborda (FAT/Urcamp) que tem protagonizado papel fundamental para o progresso social, econômico e cultural da Rainha da Fronteira. E foi com base nessa linha de raciocínio que Divaldo chamou Lia para que fosse sua convidada.
Logo de saída, como forma de justificativa para abordagem do tema, Divaldo salientou o papel preponderante que a Urcamp exerce na rotina dos bajeenses. E junto disso, destacou o trabalho de Lia frente a universidade. “Trata-se de uma pessoa de muita personalidade, que tem posição e é autêntica. Não tem como falar na história de Bagé e não passar pela Fundação Attila Taborda, não passar pela Urcamp. Afinal, a Urcamp vem contribuindo muito para a história. O que seria de Bagé se não fosse essa instituição, com sua história e seus docentes, que ajudam a formar e emprestam esses talentos para o Brasil e, inclusive, para o mundo inteiro”, ressaltou o prefeito.
Lia destacou o trabalho que tem sido realizado, em Bagé, no enfrentamento à pandemia. Inclusive, desde que foi implantado o distanciamento social, na metade de março, a Urcamp sempre se demonstrou parceira para contribuir junto às repartições públicas municipais. “Estamos de parabéns pelo aniversário e por ter conseguido manter, nesta pandemia, um limite controlável. E quiçá, possamos passar uma semana ou duas a mais nessa condição. Sempre ressalto que, nesse momento, a saúde de todos está em primeiro lugar e sempre olhando, também, a questão econômica do município. Todos temos que fazer parte disso”, enfatizou.
A reitoria observou a importância da política nesse processo. Por mais que haja, neste ano, uma eleição municipal, Lia afirma que o momento é de união. “Divaldo, tu estás fazendo uma política de estado, e não uma política de governo. E sempre que o município fizer uma política de estado, a Urcamp vai estar junto. Seremos sempre parceiros, pode contar com o nosso compromisso. Estamos colaborando na área da saúde, trabalhando com as aulas virtualizadas, funcionários em home office. Nossos professores, alunos, colaboradores estão protegidos, mas, com seus postos de trabalho e prestação de serviço em funcionamento. Creio que a pandemia vai nos trazer grandes aprendizados. Entre eles, o desenvolvimento e foco no ambiente local, algo que, às vezes, nós, como sociedade, não estávamos tendo”, aponta.
Além do Ensino Superior, a FAT exerce forte papel com serviços na comunidade. O Hospital Universitário (HU) é um deles. Durante a live, Divaldo salientou a parceria existente, entre poder público municipal e FAT, para oferecer serviços. Entre eles, o tomógrafo. “Nós somos o famoso ‘terceiro setor’. A prefeitura compra os exames e nós devolvemos para a comunidade. Isso é importante que a população saiba que, todo valor que entra para instituição é transformado em serviço. Para mim, a galinha dos ovos da instituição é ela funcionando. Que tenhamos receita para que a gente consiga andar para o presente e amenizar o passado”, completa a reitora.

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Como Bagé celebra os 209 anos: lideranças apontam rumos para o futuro

16/07/2020 às 15:42


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por Yuri Cougo Dias

O cenário global passa por uma situação que não era vivida desde a Gripe Espanhola, no final da segunda década do século XX. Com restrições rígidas de isolamento social, para que não haja disseminação do vírus, as celebrações, sejam elas de aniversários, eventos culturais ou religiosos, praticamente deixaram de ocorrer. Os encontros passaram a ser na frente da câmera de um computador ou celular. E ninguém consegue apontar, pelo menos com certeza, uma data concreta de quando a sociedade poderá se relacionar em sua forma integral.
Entretanto, os feitos registrados no passado não deixaram de existir. Afinal, tudo que vivenciamos e a posição em que nos encontramos, no campo social, é uma consequência desse passado. E mesmo que tenhamos que recorrer, diariamente, ao uso de álcool gel e máscaras de proteção, o tempo permanece com a mesma velocidade. Sim, já foram seis meses completados. Em breve, 2021 abrirá suas portas. E como estaremos quando chegar? Ou seja, embora todas as restrições, não podemos deixar de olhar para o futuro.
Por isso que, em tese, a impressão seja de que não há razões para comemorar não passa de um engano. São justamente nesses períodos de crise que o ser humano e sociedade se reinventam e se adaptam a um novo sistema. E é com essa linha de pensamento que lideranças, instituições e repartições públicas de Bagé apontam o cenário que envolve esse marco de 209 anos completados.
Seguindo essa linha de raciocínio, o Jornal MINUANO apurou de que forma o poder público municipal trabalhou às comemorações dos 209 anos da Rainha da Fronteira. E, ainda, estabeleceu uma análise de lideranças locais, sobre quais são os rumos a serem seguidos, por Bagé, para o próximo ano – de preferência, sem pandemia.


Homenagem à Edy Lima e virtualização dos eventos


Em tempos de normalidade, a Prefeitura, em parceria com diversos setores da sociedade, costuma elaborar uma série de eventos alusivos ao aniversário da cidade. Geralmente, integram a já conhecida “Semana de Bagé”. A programação abrange fóruns de discussões; shows em praças públicas; apresentações nos espaços culturais e escolas; exposições artísticas, dentre outras atividades que tenham como foco assinalar o aniversário da Rainha Fronteira.
Naturalmente, para 2020, as comemorações tiveram que adaptar-se à realidade da pandemia no cotidiano da população. Responsável pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Anacarla Oliveira detalha que grande parte da programação da Semana de Bagé concentrou-se em eventos realizados no formato virtual, em sua maioria, por meio de lives nas redes sociais.
A exceção envolveu quatro eventos que, especificamente, foram planejados para ocorrerem presencialmente. “Programamos uma mostra de arte no Palacete Pedro Osório; uma performance musical no Imba; performance de dança no Palacete e o Cine-Drive, em parceria com o Sesc. Passamos por um momento muito difícil de pandemia. Porém, a Secult acha muito importante não deixar de esquecer de valorizar nossa cultura, nossa história”, contextualiza. E por falar no Cine-Drive, no dia da exibição, programado para este domingo (19), a Secult confirma que exibirá, antes do filme, um curta-metragem de 10 minutos com a homenageada da Semana de Bagé, a escritora Edy Lima.
Para quem não sabe, a escritora bajeense é responsável de uma série de obras infantis. Entre elas, o clássico “A Vaca Voadora”. Aos 96 anos, ela reside em São Paulo, porém, é cria da Rainha da Fronteira, onde passou 17 anos de sua longeva vida. Neste ano, foi a personagem escolhida pelo município para ser alvo de homenagens. “Ela conta com mais de 50 obras publicadas e ganhou vários prêmios. Produziu discos infantis e peças de teatro. Sempre procuramos valorizar, também, o patrimônio imaterial, de artistas que são de Bagé e que possuem expressão nacional e internacional. Ano passado foi Danúbio Gonçalves; no retrasado, os Quatro de Bagé na arte”, explica Anacarla.
E dentro do planejamento para o ambiente virtual, a secretária ressalta que todas as casas e repartições relacionadas a Secult estarão com programação própria. Em especial, destaca o projeto Olhares sobre Bagé, que consiste na divulgação de vídeos, com depoimentos de bajeenses que moram fora.  “Foi a forma que achamos para não deixar a cultura e o turismo parados. Mesmo nesse momento difícil, precisamos valorizar nosso potencial cultural e histórico. Mesmo em tempo de covid-19 no mundo inteiro, Bagé ainda conserva sua saúde e tem buscado todos os cuidados, via iniciativa pública, para que haja a mínima disseminação do vírus”, enfatiza.

Escolas visitam prédios no ambiente on-line

Quem também costuma marcar presença constante nas comemorações do aniversário de Bagé são as escolas da rede municipal. Meses antes, os professores já começam a trabalhar, dentro da sala de aula, assuntos e curiosidades com relação à Rainha da Fronteira. Neste ano, o método precisou ser modificado, de modo que o trabalho não fosse cancelado, mas que atende todas as exigências sanitárias.
De acordo com a supervisora de Artes e Ensino Religioso da Secretaria Municipal de Educação e Formação Profissional (Smed), Rosiane Dalmagro, desde a abertura do ano letivo, o principal projeto das escolas era realizar, durante a Semana de Bagé, um passeio em prédios históricos da cidade. O projeto chama-se “Bagé: conhecer para pertencer” e foi desenvolvido no Ensino Fundamental, com os Anos Finais (6º ao 9º).
Obviamente, com a pandemia, a visitação tornou-se inviável. Mesmo assim, a ideia foi mantida, contudo, numa nova dinâmica. “São 25 escolas que oferecem Anos Finais. Então, escolhemos 25 prédios e distribuímos um para cada escola, que desenvolveu seu trabalho, seja por pesquisa, produção de texto, fotografia, desenho ou pintura. A escola trabalhou com o aluno a distância, com as aulas remotas que estão acontecendo. Baseado no material que estudaram, produziram trabalhos que serão (foram) postados nas redes sociais de cada escola, durante a Semana de Bagé”, salienta Rosiane.
As únicas exceções foram com as escolas São Pedro e João Severiano da Fonseca. Por terem o status de cívico-militares, ambas ficaram designadas de fazer o mesmo trabalho, só que com as organizações militares de Bagé.
Esta foi a solução que a Smed encontrou para que os alunos celebrassem a data e fizessem uma reflexão do patrimônio existente na Rainha da Fronteira. “Queremos continuar com esse projeto. Quanto mais os alunos tiverem conhecimento da importância desses prédios históricos, mais vão se sentir como parte disso. Logo, irão aprender a amá-los, cuidá-los e respeitá-los”, frisa.


“A mudança passa pela Educação”, aponta reitora da Urcamp

É evidente que o desenvolvimento econômico, social e cultural de uma cidade tem relação direta com o papel desempenhado por universidades em seus campos sociais. E Bagé é um exemplo prático desse contexto, pois, foi a partir da criação da Fundação Universidade de Bagé (FUB) – hoje, Urcamp -, no dia 13 de janeiro de 1969, que a Rainha da Fronteira passou a qualificar profissionais que, anos depois, fizeram a diferença para a evolução da cidade, nos mais variados segmentos econômicos.
Fruto de iniciativa protagonizada pela Fundação Attila Taborda (FAT), os cursos superiores passaram ser realidade no município, o que veio a ser estruturado como as Faculdades Unidas de Bagé (FUnBa). Contextualizando um pouco mais a parte histórica, a transformação em universidade foi oficializada em 16 de fevereiro de 1989.
Passadas mais de três décadas desse acontecimento, a Urcamp foi responsável pela formação de vários profissionais, que contribuíram tanto para a economia local quanto para o desenvolvimento de senso crítico e a busca por uma sociedade melhor. E esse processo de estar engajado com a cidade se justifica ainda mais com o modelo atual de ensino, da Graduação I, que oportuniza, aos alunos, resolverem demandas da própria comunidade, o que evidencia ainda mais a importância do Ensino Superior para desenvolvimento de uma cidade.
Então, se a Urcamp tem tido, nas últimas décadas, parcela significativa no desenvolvimento de Bagé, é justamente num período de pandemia (leia-se crise) que é responsável por direcionar os rumos a serem tomados por uma sociedade. É nesse sentido que a reitora da Urcamp, Lia Quintana, tece sua linha de raciocínio. “Toda a população vem passando por um grande aprendizado. E a mudança e cultura de proteção, de esclarecimento, deve passar pela educação”, aponta.
Assim como os setores, a pandemia fez com que empresas e instituições adaptassem suas rotinas diárias para que permanecessem ativos. Evidentemente, o processo gerou dificuldades, mas, também, oportunizou novos modelos de trabalho, conforme atesta Lia. “Todos tiveram que se adaptar. As aulas foram virtualizadas para que pudéssemos cumprir o conteúdo. E tem muitas situações que servirão como aprendizado; algumas delas até se solucionaram com a pandemia. No nosso caso, nas reuniões de trabalho, temos diversos campus a atender. Agora, as reuniões podem ser feitas no mesmo horário, com todo mundo junto, mediante os aplicativos de reuniões virtuais”, afirma.
Dessa forma, a reitora argumenta que, embora às dificuldades enfrentadas nesse período, há um legado e aspectos positivos que poderão ser aproveitados no mundo pós-pandemia. “São recursos que permanecerão sendo utilizados, não somente pelas instituições, mas por todas as empresas e seus gestores”, finaliza.

"A Bagé que amamos sairá mais unida, com um grande rumo para o futuro", avalia Divaldo

Independente de questão político-partidária, a pandemia obrigou com que diversas bandeiras e setores da sociedade se unissem contra um único problema. Ao menos, adversários deram uma trégua em seus confrontos. E nesse trabalho de enfrentamento ao coronavírus, Bagé foi um dos primeiros municípios a adotar o distanciamento social. Somente 15 dias depois, o Governo do Estado publicou um decreto. 
Passados quatro meses da abertura do distanciamento social, a Rainha da Fronteira permanece na luta contra esse inimigo invisível. E é justamente esse trabalho que Divaldo considera como fato a ser exaltado na comemoração de aniversário. "São 209 anos de um município em que a sua história representa parte da história do Rio Grande do Sul. Isso através de feitos e realizações de homens e mulheres que, das diversas formas, foram protagonistas de Bagé, tão reconhecida dentro do território gaúcho e nacional", salienta.
Na concepção do chefe do Executivo, a Rainha da Fronteira tem plenas condições de enfrentar essa crise. Ele também acredita no progresso e evolução da sociedade, quando essa pandemia sair da vida de todos. "Ser bajeense é motivo de orgulho para todos nós. Sermos bajeenses, de uma cidade tão tradicional, que é um exemplo, atualmente, no Estado e no Brasil, por estarmos vencendo o coronavírus. Por estarmos vencendo uma doença que vem ceifando mais de de 70 mil vidas no Brasil inteiro. Isso faz com que mantenhamos viva nossa força, nossa garra, para seguirmos lutando, característica esta, junto da solidariedade, é a maior de todos os bajeenses. Enxergo que a Bagé que amamos sairá mais unida, com um grande rumo para o futuro e o progresso que nos aguarda. Essa a Bagé pós-pandemia que enxergo", conclui.

“Somos uma região de fronteira e precisamos estar de portas abertas”, destaca bispo

Em épocas de isolamento social, a preocupação não é direcionada apenas ao fator econômico. A caridade e o estado mental das pessoas também são temas considerados primordiais para que se possa vencer uma crise desse cunho. E, portanto, valorizar a terra-natal torna-se de suma importância para que esse argumento seja colocado em prática, segundo o bispo Dom Cleonir Dalbosco. “Celebrar o aniversário da cidade é o mesmo que celebrar o aniversário de nosso pai e nossa mãe. É a cidade que nos acolhe e que nos dá possibilidade de nos desenvolvermos. Por isso, é importante celebrarmos a vida, a história de um povo que, nas mais diversas formas, luta para sobreviver, cuidar de sua família. São mais de 200 anos de batalhas vencidas, com grande empenho e amor pela terra”, pontua.
Outro ponto destacado pelo bispo é o forte acolhimento de Bagé com pessoas que vêm de fora. “O povo é fraterno, acolhe os migrantes. Eu também sou migrante dessa terra e sinto-me bem acolhido. Mesmo nesse tempo de pandemia, é um povo que cultiva valores de solidariedade, de preocupação com os outros. Esperamos que, após esse momento, todos nós possamos sair melhores do que entramos na pandemia. Que possamos olhar a vida com mais amor e dar mais valor a própria vida”, manifesta.
Justamente pelo fato de Bagé completar 209 anos, com diversas histórias e realizações, a expectativa do bispo é de que os bajeenses tratem a pandemia como um período destinado à evolução. “Precisamos rever muitos conceitos e atitudes. A solidariedade e o amor ao próximo devem acontecer de forma natural. Que nossa consciência esteja ciente que, diante de Deus, ninguém é maior. Somos todos iguais. E que Bagé siga acolhedora. Somos uma região de fronteira e precisamos estar de portas abertas”, conclui.

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Reitora da Urcamp participará de lives com prefeito e deputado

16/07/2020 às 12:31


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A reitora da Urcamp, Lia Quintana, participará, nesta sexta-feira (17), de duas lives comemorativas ao aniversário de Bagé, que completa 209 anos. A primeira será às 11h, com o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi, em sua página oficial no Facebook. Além de Lia, também participarão outras personalidades bajeenses, dos mais variados segmentos.
Conforme repassado pela assessoria do deputado, a ideia é "juntar bajeenses e pessoas para as quais a cidade teve e tem grande importância afetiva, familiar, educacional e profissional para conversar sobre esses sentimentos que unem a todos em torno de Bagé, uma cidade icônica, que tem presença na história e na vida material e imaterial de todo o Brasil", destaca.
A segunda live do dia que Lia participará será com o prefeito Divaldo Lara, às 20h30min, em sua página oficial no Facebook. Com foco em debater sobre Saúde, segundo o chefe do Executivo bajeense, o espaço servirá para expor detalhes a respeito da máquina adquirida pelo Hospital Universitário (HU). O material será utilizado para realização de testes por PCR para covid-19. Além do novo equipamento, a reitora também repercutirá sobre as recentes reestruturações feitas para o "novo HU", assim como às articulações feitas para implantar o curso de Medicina em Bagé.

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Urcamp oferece desconto e bolsas de estudos para os cursos em EAD

15/07/2020 às 14:41


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Mega Ação EAD URCAMP proporciona o acesso ao ensino superior com descontos nas primeiras mensalidades Os cursos de educação a distância se tornaram uma ótima alternativa para quem deseja ingressar no ensino superior em 2020. O Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP) está com uma condição especial para o início de uma graduação EAD. Na Mega Ação URCAMP, o candidato receberá descontos na primeira mensalidade e bolsas de estudo em todos os semestres.

O interessado deve acessar https://ead.urcamp.edu.br/mega-acao, escolher qual o curso desejado e efetuar a matrícula até o dia 1º de agosto para assegurar o desconto de 90% na primeira mensalidade e a bolsa de 30% no restante do primeiro semestre. A partir do segundo semestre até o final do curso, o valor varia de acordo com a forma de ingresso. Os ex-alunos da instituição terão direito a bolsa de 15% e os ingressantes que já possuem uma graduação receberão 10% de desconto nas mensalidades. Os cursos de Geografia, Gestão de Negócios e Inovação, História, Matemática e Tecnologia da Informação têm bolsa de 20% durante todo o curso, independente da forma de ingresso.

Com 26 opções de cursos na modalidade de ensino a distância, em variadas áreas do conhecimento e reconhecida tradição na formação dos estudantes, a URCAMP mantém a mesma qualidade de ensino nas modalidades presenciais e EAD. Com a mesma carga horária, conteúdo programático e professores, os diplomas dos cursos EAD têm equivalência aos dos presenciais, pois ambos são reconhecidos igualmente pelo Ministério da Educação.

Os alunos dos cursos EAD da URCAMP terão acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que reúne as leituras, vídeos e gráficos das aulas teóricas e contará com encontros presenciais para a realização de atividades práticas e provas. O contato direto com os professores e os colegas ocorrerá por meio de encontros online por web conferências, e as dúvidas poderão ser tiradas pela plataforma de ensino com os tutores e colegas.

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Urcamp lança curso de Transformação Digital on-line

13/07/2020 às 13:44


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O curso de Transformação Digital tem por objetivo geral abordar a criação de modelos de negócio disruptivos, com a utilização de tecnologia como alicerce competitivo.

 

O que vamos construir juntos?

Alinhamento Estratégico da Transformação Digital. Impactos da transformação digital, resistência e aceitação em indústrias de negócio. Business Analytics and Intelligence aplicados à transformação digital. Transformação digital de cidades: smart cities. Transformação digital do governo e da sociedade: e-government e-participation de análise organizacional e suas interfaces com comportamento organizacional e estratégia.

 

Como será?

- Encontros: Teremos quatro (4) encontros virtuais de 2h cada; todas as sextas-feira, das 19h às 21h;


- Período: 07/08/2020 a 28/08/2020;

- Avaliação: Você será convidado a produzir conteúdo relacionado ao tema (TD) para publicação em uma revista digital de nossa Instituição. Condicionado ao resultado do processo avaliativo.

 

Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/curso-de-transformacao-digital-on-line---urcamp__905441

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Urcamp realiza projeto para saúde do trabalhador do Daeb

09/07/2020 às 14:55


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Nesta quinta-feira (09/07), foi realizada a entrega oficial do projeto “Quem vê Diabetes e Hipertensão, vê coração”, desenvolvido por alunos da Urcamp para atender uma demanda do Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb) cadastrada na Plataforma de Projetos Integradores Sou I do Centro Universitário. O objetivo era levar aos colaboradores do Daeb conhecimento sobre Hipertensão e Diabetes, buscando a prevenção e tratamento destas doenças.
A demanda foi escolhida pelo curso de Fisioterapia, coordenado pela professora Ana Zilda Ceolin Colpo, e desenvolvida durante o primeiro semestre pelas alunas Ana Júlia Medeiros, Maria Caroline Leivas, Mariana Berta e Mariane Figueiredo, estudantes do Módulo I da Graduação i. A iniciativa teve como produto final um banner informativo, que foi entregue para ser colocado na recepção do Daeb. Além disso, foram produzidas artes com orientações para postagem nas redes sociais do Departamento, além dos grupos de WhatsApp e e-mails, para que alcançassem não somente colaboradores, mas também a população.
“Esta demanda surgiu no ano passado, durante o Novembro Azul, em uma ação realizada em parceria com a Secretaria de Saúde Atenção à Pessoa com Deficiência (SAÚDE) e Urcamp. A ideia inicial seria um acompanhamento presencial, mas em razão da pandemia foi realizada a produção de material informativo. Estamos muito gratos aos alunos e professores”, afirma Adriana Gaffrée Burns, chefe do setor de Capacitação e Desenvolvimento de RH do Daeb.

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Ciência para Bagé ver: médico pesquisador André Kalil esclarece principais dúvidas sobre o combate à covid-19 em live promovida pela Urcamp

09/07/2020 às 09:58


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Com o objetivo de dividir com a comunidade bajeense o conhecimento e expertise do médico conterrâneo André Kalil, a Urcamp transmitiu, na noite da última terça-feira, a live "A descoberta de novos tratamentos durante uma pandemia".
O médico bajeense é responsável por coordenar um ensaio clínico aplicado em 50 centros hospitalares nos Estados Unidos, a partir da Universidade do Nebraska, através do Global Center for Health Security. Também em solo norte-americano, o bajeense já atuou em outra crise mundial, na busca por uma solução para a crise do ebola, que vitimou mais de 11 mil vidas na África Ocidental entre 2014 e 2016.
O primeiro ponto destacado por Kalil foi os diferentes tipos de abordagem da crise e o reflexo que cada uma terá no controle da disseminação da doença. "Quando se fala em coronavírus, é muito diferente dos vírus que se viam antigamente. Ele se disseminou de maneira muito mais rápida do que se imaginava. E a única maneira de controlar esta situação de pandemia é através de três abordagens: abordagem de saúde pública, abordagem individual e abordagem médica", explica.
A abordagem de saúde pública seria a linha de frente do combate ao vírus, como a testagem agressiva e diagnóstico rápido e precoce, que permita o rastreamento de casos. "Dessa forma, conseguimos isolar e fazer quarentena nos casos confirmados", explica.
A partir de sua experiência à frente do maior ensaio clínico de testagem em busca da cura para a doença, o pesquisador aponta que um agravante ocorrido no mundo todo, que impossibilitou a testagem agressiva: dificuldades técnicas e a falta de estrutura, tanto de pessoal quanto de equipamentos para testagem em larga escala. "Mas se tivéssemos feito isso em janeiro, estaríamos hoje em uma situação diferente, com redução enorme da transmissão da pandemia. Não se fez testagem suficiente, mas de dezembro para cá os países começaram a escalonar os testes", comenta.
Kalil aponta, ainda, que hoje a situação das testagens está mais efetiva, nesse sentido. Mas ainda não é o suficiente para garantir segurança. "Precisamos rastrear ainda mais. No momento em que parar, não vamos saber qual é a extensão da infecção na sociedade. Se não sabemos a extensão, a situação fica mais grave. É um ponto de saúde pública extremamente importante", aponta.
Já na abordagem individual, Kalil aponta protocolos de segurança que os cidadãos, enquanto indivíduos, devem fazer para contribuir no combate e contenção da pandemia. "São eles quatro fatores essenciais, especialmente quando se lida com um vírus respiratório: evitar aglomerações, já que pessoas perto de pessoas é exatamente o que o vírus necessita para a propagação; uso de máscara; higiene de mãos e distanciamento social", pontua.
O médico pesquisador aponta que existe um estudo científico por trás de cada um desses protocolos, levando em consideração que a covid-19 tem possibilidade de transmissão bem maior que outros vírus respiratórios sazonais.
O uso da máscara e distanciamento social, por exemplo, diminuem significativamente o risco de contaminação através das gotículas que saem no momento da fala, que podem se depositar em superfícies ou contaminar através de perdigotos. "Nas últimas semanas, foi descoberta a possibilidade de o vírus se disseminar por aerosol. O que significa que há possibilidade de que o vírus paire no ar, podendo flutuar por períodos e distâncias mais longas. Nesse período, alguém pode respirar o vírus e não saber que se infectou. Além do distanciamento social, o uso da máscara vai ser, talvez, até mais importante do que se imaginava antes. Porque se o vírus paira no ar e consegue voar com o fluxo de ar, o distanciamento social sozinho não vai dar conta do recado", analisa.
A higienização constante das mãos também deve ser um protocolo adotado de forma permanente, já que as gotículas infectadas que se depositam em superfícies também podem ocasionar a contaminação. E com uma recente descoberta de mutação do vírus, com possibilidade que ele esteja ainda mais contagioso agora, preservar essas ações individuais são cruciais na batalha contra a pandemia, de acordo com Kalil.
A última linha de frente no combate à covid-19 é a abordagem médica, que garante não somente a manutenção das pesquisas e estudos em busca de medicamentos eficazes e vacinas para imunização da população, mas também a preparação estrutural para atender a demanda necessária. "O primeiro fator, importantíssimo, é de os hospitais estejam preparados para atender os pacientes mais graves. Já sabemos, hoje, que em torno de 80% a 90% das pessoas que se infectam vão ter doença leve ou moderada e não vão precisar ser admitidos no hospital. Mas a infraestrutura hospitalar é crucial para atender a demanda mais grave. Não adianta ficar motivado com uma medicação nova, sem um trabalho de suporte adequado em caso grave. Se não tiver profissionais competentes e estrutura hospitalar, não há remédio que vá salvar a vida de um paciente com covid grave", ressalta.
O médico apontou a importância do tratamento de suporte, que na ausência de medicamentos eficazes contra o vírus, tem salvado vidas - com soro, oxigênio, ventilação e equipe profissional competente. "É imprescindível, se não caímos na ideia de algo que vai ser milagroso e esquecemos do que é básico, essencial, realmente importante para salvar vidas", destacou.
Tratamentos alternativos controversos podem custar vidas
Enquanto busca um medicamento eficaz na cura da doença, Kalil utiliza o método de estudo randômico. Ou seja, dois grupos são separadamente acompanhados, tendo um recebido o medicamento em teste e o outro tendo recebido placebo. Somente a partir da análise comportamental da droga no organismo do indivíduo, em comparação com aquele que não tomou, é possível assegurar a eficácia e segurança do medicamento.
E é justamente essa observação em ambiente controlado e seguro que falta para algumas drogas receitadas como "possíveis curas" para os pacientes. A cloroquina e a hidroxicloroquina, por exemplo, chegaram a ser estudados de forma randômica. Mas ao contrário do resultado esperado, mostrou não somente que a droga era absolutamente ineficaz no tratamento contra o coronavírus, como ainda oferecia riscos aos pacientes, elevando as chances de ataques cardíacos e letalidade em pessoas de mais idade.
Vale destacar que a cloroquina foi utilizada no combate à malária, com resultados seguros e satisfatórios. Contudo, isso não é garantia de que vá funcionar em outros quadros patológicos. "Uma medicação que tem histórico de segurança em uma doença não vai ter o mesmo perfil de segurança em outra doença. Isso vem sendo visto na Medicina nos últimos séculos. Algumas medicações causam danos graves, ainda que tenham funcionado e sido seguras em outra situação. A doença que estamos combatendo hoje não existia até o ano passado. Não é o momento de ficar experimentando medicações para ver o que funciona e o que não funciona. Tem que ter estudo científico rigoroso para definir se está funcionando ou não", conta.
O médico relembra que situações semelhantes ocorreram na crise do ebola e do H1N1, quando medicamentos destinados a outras doenças foram "testados", sem o rigor necessário, ocasionando perdas de vidas humanas. "Se não houver uma observação, não vai ser possível dizer se as pessoas morreram em função do protocolo inadequado, com estas drogas que foram dadas com a ideia de que eram seguras, ou se morreu da doença. Neste momento, não podemos repetir os erros que ocorreram antes. Se querem tratar pessoas como humanos, e não como experimentos de laboratório, ofereçam estudo randomizado controlado. Não se dá droga para pacientes para ver o que acontece. Isso se faz em laboratório, com ratos", defende.
Kalil avalia que com a situação específica da cloroquina, houve um entusiasmo precoce bastante grande, mesmo sem eficácia comprovada. Milhares de pessoas tomaram a medicação e mantiveram a "ilusão de prevenção" porque a maioria das pessoas vai sair bem da situação, com ou sem medicação. Mas em situações em que os pacientes apresentam quadro de complicações respiratórias ou comorbidades, o caso é bem diferente. "A cloroquina é uma medicação excelente que funcionou em pacientes com malária, tem histórico de eficácia e segurança, mas na covid não funcionou. Quatro estudos randomizados e seis observacionais mostraram que a droga não funciona. Na verdade, dois deles mostraram que houve incidência de paradas cardíacas e de morte de veteranos. Não só não funciona absolutamente, não reduz carga viral ou sintomas, como sugere que aumenta o risco de mortalidade. Isso é ciência, existe evidência clara destes perigos", alerta.
Explicou, ainda, que nos Estados Unidos a cloroquina foi banida dos testes e não é receitada, de forma alguma, em casos de covid-19. O mesmo se aplica a outras drogas apontadas com potenciais milagrosos de cura, como o antiparasitário ivermectina. "Do ponto de vista de prevenção, não existe estudo comprovado que qualquer droga previna do covid. A única prevenção hoje é bem clara - são os protocolos de ações individuais, como uso de máscara, evitar aglomeração, higienização das mãos e distanciamento social. Nenhum remédio se mostrou seguro eficaz para prevenção. Muitas medicações tem efeito antiviral in vitro. Mas quando se toma, não funciona. O efeito num tubo de ensaio com células artificiais é muito diferente no organismo, onde existe um sistema imunológico, corrente sanguínea, e a medicação tem que chegar na área onde está a infecção. Existem variáveis enormes", elucida.
Mas para quem deseja optar por medicamentos em teste, o pesquisador ressalta que participar de estudos clínicos controlados, que estão sendo realizados em todos os estados brasileiro, pode ser uma alternativa. "Procurem por hospitais que tenham a infraestrutura para tratamento de suporte, que é essencial para salvar vidas em pacientes graves, e, se houver possibilidade de participar de estudos randomizados, participem".
Vacina não deve controlar situação imediatamente
O mesmo princípio de estudo randômico se aplica às vacinas. Ele conta que, somente nos Estados Unidos, existem seis estudos que se tornaram candidatos fortes a vacinas e estão em estudo randomizado. "É a única maneira de descobrir a que funciona e a que não funciona".
Contudo, não é tão otimista quanto ao tempo que esses estudos devem demorar para encontrar a imunização adequada. Por isso, ele acredita que o cenário com adoção dos protocolos de segurança devem se estender, pelo menos, nos próximos doze meses. "Se chegar no final do ano ou no início do ano que vem, vai ser um recorde na história da medicina. Em geral, essas vacinas demoram três, quatro anos para sair. Mas se funcionar e der tudo certo, não vai sair antes do final do ano e início de 2021. E vamos assumir que não deve ser efetiva para todo mundo. Não há vacina 100%. Vai ter proporção de pessoas em que não vai funcionar, e temos que levar em conta que muita gente não vai aceitar a vacina. Hoje tem uma percentual de 20% de pessoas que não se vacinam. Se somarmos essas pessoas com aquelas em que a vacina não vai funcionar, percebemos que a doença não vai desaparecer de repente", explica.
Kalil aponta que a manutenção dos protocolos de segurança nesta situação, aliado à aplicação da vacina, será essencial para chegar a uma situação de total controle. "Nós, como indivíduos, temos a responsabilidade de fazer a coisa certa - parar com a transmissão do vírus", reforça.
Pesquisador aponta que não há garantias de imunidade adquirida após a infecção
A partir da observação de pacientes que contraíram a infecção e se curaram, foi possível que os médicos observassem que os anticorpos desenvolvidos desapareceram em alguns casos após um período. Ou seja, se os anticorpos baixaram, existe a possibilidade de que a pessoa possa se tornar suscetível a pegar novamente a infecção.
"O que se sabe hoje é que os anticorpos não duram muito tempo. Então existe possibilidade real de se infectar novamente com o vírus. Por isso é preciso muito cuidado. O fato de ter tido a infecção comprovada não autoriza o paciente a pensar que está imune a pegar o vírus de novo, não o exime das responsabilidades de manter a segurança", enfatiza.
Modelos de atividades virtualizadas devem garantir segurança nos próximos meses
A reitora da Urcamp, Lia Quintana, aproveitou a ocasião para questionar Kalil, enquanto médico e cientista, sobre a possibilidade de liberação para retornar às aulas presenciais, mediante um cenário em que o vírus apresentou mutação e se tornou ainda mais transmissível. "Às vezes, colocamos o peso da responsabilidade na saúde pública, porém é uma situação dimensionada, os recursos são limitados. Vai depender de cada um de nós, enquanto cidadãos. Nós podemos fazer uma parte muito importante através dos protocolos de segurança porque somos maioria", mencionou. As atividades na Urcamp, tanto as aulas quanto os atendimentos, foram virtualizados em março, após a confirmação do primeiro caso de covid-19 em Bagé.
Kalil relatou que as aulas virtualizadas também foram a opção mais segura encontrada pela Universidade de Nebraska de manter o cronograma em dia, mas com segurança aos estudantes, professores e funcionários. E assim devem ser mantidas pelo próximo semestre. "Não há solução simples nesse sentido. É uma situação em que a gente ainda está aprendendo. Neste momento existe flexibilidade para que a educação possa, de uma certa maneira, começar a voltar a proximidade do que existia. Mas não como existia há seis meses. O trabalho individual que a Urcamp vem fazendo para segurança dos estudantes é essencial. O ensino virtual vai ser muito importante nos próximos seis, doze meses. Acredito que aqui nos Estados Unidos não vai mudar também. É uma precaução bastante grande para que as coisas não piorem", concordou.
A live completa já pode ser conferida no canal da Urcamp no Youtube ou nas redes sociais, onde foi disponibilizada a gravação, inclusive na página do Facebook do Jornal Minuano. Até ontem, o material já contabilizava cerca de 10 mil visualizações. Lia agradeceu a parceira com o médico que, pela segunda vez, participa de uma atividade promovida pela Urcamp. "Hoje foi uma aula para todos, não só para os profissionais da área da saúde, para que a gente entenda o momento que a gente tá vivendo. Foi um grande momento de aprendizado, para todos aprenderem a se virar nesse mundo novo que veio para ficar", frisou.

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"Se a vacina funcionar, não vai sair antes do final deste ano e início do ano que vem", alerta André Kalil

07/07/2020 às 22:02


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Diretamente da Universidade do Nebraska, onde é responsável pelo ensaio clínico que busca criar a vacina contra o vírus causador da covid-19, no Global Center for Health Security, o médico bajeense André Kalil participou de uma live, na noite de hoje, promovida pela Urcamp, com o tema "A descoberta de novos tratamentos durante uma pandemia". Através das redes sociais da instituição de ensino e no canal do Youtube, os bajeenses puderam assistir a explanação do conterrâneo sobre o cenário da doença e o trabalho que desenvolve à frente de um centro de pesquisa.
Kalil iniciou apontando que são necessárias três abordagens para acabar com o vírus: abordagem da saúde pública, garantindo infraestrutura de atendimento para os pacientes contaminados; abordagem individual, que são as responsabilidades de cada cidadão na luta contra a pandemia - principalmente o uso da máscara, distanciamento social, higienização das mãos e evitar aglomerações; por fim, a abordagem médica, que traz o cenário da ciência em movimento, buscando tratamento e prevenção , com segurança e comprovação de eficácia.
Outro ponto que levantou um grande número de questionamentos dos participantes foi a utilização de medicamentos como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, como eficazes no combate ao vírus. A isso, Kalil foi enfático: "Uma medicação que tem histórico de segurança em um doença não vai ter o mesmo perfil de segurança em outra doença e pode ser potencialmente perigosa. Isso aconteceu na crise do ebola e do H1N1: muitas pessoas morreram em função de drogas que foram dadas como seguras. Neste momento não podemos repetir estes erros. Se querem tratar pessoas como humanos, e não como experimentos de laboratório, que ofereçam estudo randomizado comparativo rigoroso".
O médico contou, também, sobre o cenário devastador da doença nos Estados Unidos e os avanços da pesquisa que coordena. Inclusive, adiantou alguns resultados otimistas de sua pesquisa, que apontam duas terapias com potencial grande de benefício: a primeira com o antiviral remdesivir e a segunda em uma combinação de uma medicação anti-inflamatória combinada com remdesivir. A terceira etapa do estudo deve iniciar em breve, com a participação de mil pacientes voluntários.
Os avanços em busca da vacina, segundo o médico, não devem apresentar resultados antes de 2021. Ou seja, o "novo normal" veio para ficar, com a continuidade de todas as medidas de segurança perdurando pelos próximos meses. "Se a vacina funcionar, não vai sair antes do final do ano e início do ano que vem. E não vai ser 100%. Vai ter proporção de pessoas em que não vai funcionar. Ou seja, a doença não vai desaparecer nos próximos 12 meses. Então vai ser necessário continuar usando a máscara em público, distanciamento social e higienização das mãos", apontou.
A reitora da Urcamp, Lia Maria Herzer Quintana, agradeceu a parceira com o médico, que pela segunda vez participa de uma atividade promovida pela Urcamp. "Hoje foi uma aula para todos, não só para os profissionais da área da saúde, para que a gente entenda o momento que a gente tá vivendo. Foi um grande momento de aprendizado, para todos aprenderem a se virar nesse mundo novo que veio para ficar".
A live completa já pode ser conferida no canal da Urcamp no Youtube ou nas redes sociais, onde foi disponibilizada a gravação, inclusive na página do Facebook do Jornal Minuano.
A matéria completa poderá ser conferida na edição impressa de quinta-feira, do Jornal MINUANO.

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Urcamp transmite live, hoje, com o médico André Kalil

07/07/2020 às 09:10


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Médico bajeense na linha de frente no combate à covid-19 nos Estados Unidos, André Kalil participa de live, na noite desta terça-feira, dia 7, promovida pela Urcamp. Na transmissão, que terá início às 19h, ele falará sobre “A descoberta de novos tratamentos durante uma pandemia”.
Esta é a segunda colaboração de Kalil com a Urcamp. Em 2016, o médico esteve na cidade e ministrou Aula Magna para os cursos da área da Saúde da Instituição de Ensino Superior. Agora, retorna, de forma on-line, para falar sobre o atual momento global e o trabalho de sua equipe em busca do antiviral.
Coordenadora da Assessoria de Comunicação da Urcamp, Melissa Porto destaca que o evento promovido pela instituição, diante deste momento, em que as curvas vêm se acentuando, é um convite à toda população para descobrir mais sobre os esforços das equipes médicas no combate à pandemia. Pensando neste esclarecimento, tanto para a comunidade acadêmica quanto para interessados no assunto, a Urcamp "traz este importante médico bajeense, uma das pessoas que atua no estudo mais avançado da vacina".
Atualmente, Kalil é responsável pelo ensaio clínico que busca criar a vacina contra o vírus causador da covid-19, no Global Center for Health Security at the University of Nebraska Medical Center, em Omaha.
Nascido em Bagé, estudou Medicina na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Nos Estados Unidos, fez residência em Medicina Interna, na Universidade de Miami, com especialização em Intensivismo no Instituto Nacional de Saúde (NIH) e Infectologia na Universidade de Harvard. Ele desenvolve seu trabalho na a Universidade de Nebraska. Focado em trabalho nos cuidados clínicos e pesquisa de pacientes transplantados e pacientes com doenças infecciosas agudas.
Para quem quiser acompanhar, a live será transmitida pela página oficial da Urcamp, no Facebook, (@urcampoficial), e também pela página do Jornal Minuano, na mesma rede social (@jornalminuanobage), hoje, a partir das 19h.

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